Turismo LGBT pode representar oportunidades de negócios para micro e pequenas empresas

A capital gaúcha está entre os sete destinos gay-friendly do País certificados pela Embratur. O reconhecimento também pode representar bons negócios para a cidade e para o Estado. Segundo a Organização Mundial do Turismo, lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, transgêneros e travestis representam 10% dos viajantes do mundo e contribuem com 15% do faturamento do setor.

A coordenadora de projetos de turismo do SEBRAE RS, Amanda Paim, recomenda que os empresários estejam atentos a esse mercado. “É um dos segmentos mais rentáveis e também mais exigentes da indústria do turismo. Deve ser estudado, compreendido e principalmente respeitado”, indica.

A pesquisa da Organização Mundial do Turismo também apontou um crescimento anual de 11% das viagens desse público, diante de uma alta de 3,5% dos outros viajantes. Outro dado relevante diz respeito ao consumo. Os turistas LGBTs gastam 30% a mais que os demais. Além disso, costumam viajar mais vezes. São em média quatro viagens ao ano e 45% dos gays e lésbicas escolhem destinos no exterior, enquanto a média de turismo interno é de 9%.

De olho nesse mercado, no ano passado, a Secretaria de Turismo de Porto Alegre lançou o programa POA LGBT, com participação do SEBRAE RS, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel – RS) e o Porto Alegre & Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau. Como parte da iniciativa, foi lançada uma cartilha e foram promovidos treinamentos para capacitar os atendimentos e estimular uma atuação mais afirmativa e inclusiva por parte das empresas.

Os dados da OMT também constataram que a grande maioria possui formação superior, 89%, e que a estimativa de renda mundial dessa parcela da população é de US$ 3 trilhões, superior ao PIB de países como a França. “O público LGBT é superqualificado. As micro e pequenas empresas também precisam estar preparadas para atender esse mercado”, destaca Amanda.

Fonte: Sebrae

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