Contando história, alunos do segundo ano do Curso Normal do Instituto Estadual de Educação Cecília Meireles levaram propostas pedagógicas de forma lúdica para crianças de séries iniciais. Em uma iniciativa da Parceiros Voluntários e do programa da ONG Tribos nas Trilhas da Cidadania, 21 estudantes de 15 a 23 anos participaram da tarefa abordando com quase 300 crianças de nove escolas – incluindo o Cecília – a história do livro “O Grúfalo” – na narrativa, um rato cria um monstro a partir de sua imaginação para assustar os animais da floresta e acaba sendo surpreendido quando ele se personifica à sua frente.
Eles pediram às crianças que recriassem o animal a partir apenas do relato dos alunos-professores, que não apresentaram a forma física da criatura fabular – simulando, assim, a mesma atividade a que eles próprios haviam sido submetidos no Cecília. “A ideia foi estimular a imaginação e a criatividade das crianças, afastando-as do uso da tecnologia, tão usada por elas”, explica a professora Solange Lazzari, coordenadora da Tribo.
Cada aluno, após a experiência, compartilhou com os colegas as formas representadas do grúfalo pelas crianças, numa espécie de relato vivencial. “Através da ação, os alunos têm a oportunidade de colocar em prática o que aprendem na teoria, e assim a aprendizagem fica rica de experiências concretas”, diz Solange, que cita os ensinamentos do psicólogo russo Lev Vigotsky (1896-1934) sobre a importância da imaginação para a aprendizagem da linguagem escrita. “Os desenhos infantis, por exemplo, são entendidos pelo autor como gestos ou tentativas de simbolizar a linguagem oral e também como um primeiro estágio no desenvolvimento da linguagem escrita”, prossegue a professora.
A aluna Giorgia Bortolini Nichetti, 16 anos, foi a “professora” da tarefa – realizada dentro da disciplina de Didática de Alfabetização – na Escola Municipal de Ensino Fundamental Vânia Medeiros Mincarone, no bairro Santo Antão. O desafio proposto por ela à turma do Jardim B foi a de confeccionar um fantoche do grúfalo com materiais alternativos – um saquinho de pastel e peças recortadas de EVA. “Queria sair do esquema do desenho”, comenta a aluna. O resultado foi uma experiência que a adolescente certamente levará como aprendizado para quando for responsável por uma sala de aula. “Acho que deveria ter dado mais liberdade para eles criarem”, avalia.
O Tribos nas Trilhas da Cidadania promove o protagonismo infanto-juvenil em alunos de escolas e de organizações que trabalham com o desenvolvimento do público desta faixa etária. Para saber mais, a Parceiros Voluntários atende pelo telefone 2105.1999.
Fonte: Instituto Estadual de Educação Cecília Meireles
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