Trem com 45 vagões carregados de combustível descarrila na Ferrovia do Trigo em Guaporé

Operador da composição, que seguia entre Canoas e Passo Fundo, não se feriu. Suspeita é que acidente tenha sido ocasionado por ato de vandalismo nos trilhos

Não é a primeira vez que uma composição que transita pela Ferrovia do Trigo (EF-491), trecho entre os municípios de Roca Sales e Passo Fundo, descarrila. Porém, esse deve receber uma atenção especial na investigação por parte da empresa Rumo, detentora da concessão para exploração do trecho férreo, e dos órgãos competentes. Na madrugada da segunda-feira, dia 21 de novembro, por volta das 5 horas, três locomotivas que puxavam os 45 vagões carregados de combustível saíram dos trilhos próximos a um viaduto e um túnel no Distrito de Colombo em Guaporé. O fato poderia ter causado uma tragédia de proporções inigualáveis na região. O operador da locomotiva, por sorte, não se feriu.

A composição, conforme o apurado, havia saído de Canoas com destino a Passo Fundo onde ocorreria o descarregamento dos milhares de litros de combustível que estavam sendo transportados. O maquinista relatou que após passar por um dos viadutos, este localizado na altura Comunidade Ernesto Alves, a primeira locomotiva saiu dos trilhos e, ainda tracionando fortemente, deslocou-se desgovernadamente por cerca de 50 metros até atingir uma parede de pedras. Outras duas máquinas e um dos vagões, carregado com cerca de 60 mil litros do produto inflamável, também descarrilaram. O operador não sofreu nenhum ferimento e foi obrigado a sair por uma das janelas. As portas ficaram danificadas pelo impacto.

Uma das hipóteses, que deverá ser investigada pela empresa Rumo, é a possibilidade do acidente ter sido provocado em ato vandalismo. Não descarta-se a retirada de parafusos, dormentes e pedaços de trilhos de uma parte de emenda da linha férrea na saída do viaduto.

Técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) foram comunicados e deverão verificar o estrago causado na área de vegetação e riacho atingidos pelo vazamento do combustível de um dos vagões. Servidores das Secretarias Estadual e Municipal (Guaporé) de Meio Ambiente, assim como colaboradores de uma empresa terceirizada pela Rumo, estão fazendo a contenção emergencial do produto em um córrego que passa embaixo do viaduto. A intenção é evitar que o combustível polua o Rio Guaporé.

Não há previsão para que o trabalho de remoção das locomotivas e do vagão seja concluído.

Fonte: Rádio Aurora FM /Eduardo Godinho

Foto: Divulgação

PG

 

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