Trabalhadoras terceirizadas afirmam não estar recebendo adicional de insalubridade e ameaçam paralisação em Bento

Trabalhadores da empresa APL Serviços, que presta serviços terceirizados para a Prefeitura de Bento Gonçalves ameaçam paralisar atividades por conta do não pagamento do adicional de insalubridade para os cargos de cozinheira e auxiliar de cozinha, que atuam nas escolas municipais.

Segundo relatos recebidos pela reportagem da Rádio Difusora nos últimos dias, desde o mês de dezembro a empresa não paga o adicional. Outra reclamação das funcionárias é o salário base de R$ 1.131,00, ou seja, menor do que o salário mínimo de 2022, que foi reajustado para R$ 1.212, 00.

Em alguns casos as trabalhadoras chegam a receber líquido, menos de R$ 900,00, o que causa revolta das mesmas. A Rádio Difusora fez contato com a empresa APL, com a Prefeitura de Bento Gonçalves e com o Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza em Conservação de Caxias do Sul (Sindilimp), que é quem responde pelos trabalhadores da empresa terceirizada.

Em nota, a Prefeitura de Bento Gonçalves informou que “o Município e a empresa prestadora de serviços possuem a obrigação de cumprir a convenção coletiva estipulada pelo sindicato da categoria, tanto em relação aos dissídios, quanto em relação aos adicionais. Tudo está sendo pago rigorosamente como prevê a convenção coletiva aplicável ao presente caso”.

Já o responsável pelo jurídico do sindicato, destacou que a entidade acompanha a situação desde o final de 2021, tendo inclusive tentado negociar uma resolução administrativa, porém não obteve sucesso. Nesse momento o sindicato já adotou medidas judiciais, para que a empresa cumpra com o acordado em convenção coletiva, e inclusive já notificou a prefeitura, que pode ser responsabilizada futuramente pelo não cumprimento.

Outra questão abordada foi que a empresa APL, segundo o sindicato, não reconhece a representação da entidade sindical para os seus trabalhadores, sendo que a mesma representa os funcionários terceirizados de Bento Gonçalves já há alguns anos, tendo negociado inclusive, por inúmeras vezes com a empresa CCS, que prestava serviços para o município anteriormente e deixou inúmeras ações trabalhistas em andamento.

Já a empresa APL ainda não se posicionou. A reportagem entrou em contato com o escritório da terceirizada, porém, a gerente da empresa está em viagem e não foi possível contato com a mesma. A emissora guarda o retorno.

Central de Jornalismo Difusora

Foto: Laura Kirchhof / Arquivo / Ilustração

(KPJ)

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