A pandemia do novo coronavírus afetou a produtividade do servidor público federal que trabalha de casa. Os grupos mais impactados são as mulheres e os pais de filhos menores de 5 anos. A conclusão consta de pesquisa divulgada na última sexta-feira (4) pelo Ministério da Economia.
Segundo o levantamento, feito em maio e junho, as mulheres informaram 26 minutos de improdutividade a cada hora, contra apenas 12 minutos dos homens. As principais dificuldades relatadas foram distrações domésticas e a falta de interação com colegas. Também foram citados problemas tecnológicos e falta de delimitação da fronteira entre vida pessoal e profissional.
Os servidores federais com filhos de até 4 anos relataram impacto maior, com 42 minutos de improdutividade por hora. Entre os que não têm filhos nessa faixa etária, o tempo não trabalhado caiu para 16 minutos. Entre os donos de animal de estimação sem filhos, praticamente não houve variação.
Tecnologia
Realizada pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em associação com a Universidade de Duke, nos Estados Unidos, a pesquisa também constatou que os servidores com mais acesso à tecnologia conseguem reduzir a perda de produtividade. Entre os equipamentos citados, estão internet sem fio, computador laptop exclusivo, ferramentas de teleconferência e acesso a softwares de gerenciamento de tarefas
A confiança das chefias nos funcionários também foi apontada como fator importante para melhorar a qualidade no trabalho remoto. Segundo o levantamento, na falta de monitoramento presencial, as tarefas são cada vez mais executadas na base da confiança entre chefe e subordinado.
Horas diárias
Ao agregar os dados totais (gênero, número de filhos e idade), o número de horas diárias produtivas (em que o servidor trabalha com total concentração), caiu de 5,73 antes da pandemia de covid-19 para 5,4 durante a pandemia. O total de horas trabalhadas improdutivas (que engloba a execução de tarefas num ambiente de distração ou de multitarefas) passou de 3,07 para 3,29, na mesma comparação.
O tempo dedicado ao sono subiu de 6,93 horas diárias antes da pandemia para 7,1 após a introdução do teletrabalho. Em relação ao lazer, no entanto, a pesquisa apresentou desempenhos diferentes. As horas diárias dedicadas ao lazer ativo (atividades ao ar livre, socialização e passeios) caíram de 1,81 para 1,31. Em contrapartida, as horas de lazer passivo (descanso, ócio, assistir à televisão) subiram de 2,26 para 2,47.
O resultado relativo ao lazer, no entanto, pode ter sido influenciado pelo período de coleta, já que a pesquisa foi realizada quando as medidas de distanciamento social estavam mais reforçadas.
Diagnóstico
Segundo o Ministério da Economia, a pesquisa teve como objetivo formular uma estratégia para a adoção de uma possível política permanente de trabalho em casa em segmentos do serviço público, principalmente nas atividades consideradas não essenciais. Apesar das dificuldades, a maioria dos funcionários afirmou desejar dividir de maneira igual o tempo trabalhado em casa e no escritório.
A proporção desejada pelos servidores federais ficou em 48,38% de trabalho remoto e 44,20% presencial. Antes da pandemia, cerca de 75% do expediente do funcionário era executado no escritório e pouco menos de 20% em casa.
A pesquisa ouviu 16.765 mulheres, 15.586 homens e 33 servidores que não se identificaram com nenhum gênero (como os transgêneros). Na parcela da população que não informou o gênero, o tempo trabalhado improdutivamente – em ambiente de distração – somou 43 minutos por hora. Respondido de forma online, no site da Enap, o questionário foi aplicado em 88 países, com as mesmas perguntas.
Fonte: Agência Brasil
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