Tacchini reforça necessidade do diagnóstico precoce do câncer de próstata

Em meio ao Novembro Azul, período em que são intensificadas as ações de prevenção ao Câncer de Próstata, o tumor maligno mais comum em homens acima de 50 anos, o Hospital Tacchini quer reforçar a necessidade do diagnóstico precoce.

Em uma entrevista coletiva de imprensa no final da tarde desta quarta-feira (9), a instituição apresentou detalhes da realidade em Bento Gonçalves e região.

Uma das maiores preocupações, conforme o médico urologista, Thiago Cusin, é o fato de que 44% dos casos que chegam até o Hospital já estão em estágio avançado, onde a chance de cura praticamente não existe.

“O preconceito do homem hoje, agente bate muito na tecla para reduzir e tentar buscar sempre o diagnóstico precoce”, comentou.

De acordo com o Instituto do Câncer, setor existente dentro da Casa de Saúde, voltado especialmente para cânceres de pele, mama, próstata, pulmão, colorretal etc, a média entre homens e mulheres é de 1500 novos diagnósticos por ano.

A recomendação é que a partir dos 45 anos os homens já realizem o PSA (exame laboratorial) bem como o exame físico (toque retal). “Alguns pacientes perguntam, mas precisa o toque? – É necessário porque há um diagnóstico mais preciso”, afirmou Cusin.

O desafio ainda é cultural de conscientizar os homens a realização dos exames. Para se ter uma ideia, existem situações no Tacchini que pacientes chegam acima de 60 anos já com o diagnóstico avançado.

img_4501“O homem tem que começar a ter uma consciência um pouco mais de sua saúde. Na nossa região italiana tem um preconceito”, finalizou o médico urologista.

O que é celebrado pelo Tacchini é o tempo do diagnóstico de qualquer tipo de câncer até o acolhimento do paciente, que representa uma média de 22 dias.

“Este tempo médio ocorre até o primeiro tratamento”, afirmou Fernando Obst, diretor do Instituto do Câncer do Hospital.

Atualmente o Tacchini é referência para 22 cidades na quimioterapia e 24 na radioterapia. Neste último, desde sua implantação, o número de cidades foi diminuído em virtude do credenciamento no Hospital Geral de Caxias.

Com a aprovação na Consulta Popular 2015 da “Qualificação e financiamento da Rede de Atenção e Regionalização da Saúde”, a expectativa é um incremento de recursos para continuar a melhorar a estrutura de saúde junto à radioterapia.

“Sempre salientando que a condição ideal, é a decisão multidisciplinar para o tratamento. Não é pratica comum pacientes recém-diagnosticados, fazerem radioterapia”, acrescentou o diretor.

Em nível de casos registrados no Instituto, o Câncer de Pele lidera os índices no Tacchini. “Esta constatação ocorre por vários fatores, como exposição solar e herança genética em uma região rica em agricultura”, disse ainda Obst.

Municípios referenciados para o Tacchini (Microrregião Nordeste do RS): Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Cotiporã, Garibaldi, Guaporé, Nova Araçá, Nova Prata, Protásio Alves, São Jorge, Veranópolis, Vista Alegre do Prata, Boa Vista do Sul, Coronel Pilar, Fagundes Varela, Guabiju, Monte Belo do Sul, Nova Bassano, Paraí, Santa Tereza, União da Serra, Vila Flores e Pinto Bandeira.

Instituto do Câncer: Uma equipe assistencial com 57 profissionais de diferentes áreas com formação e especialização em oncologia. A área que está localizada junto à estrutura do Tacchini conta com 1500m².

15500 atendimentos a pacientes com câncer por ano (janeiro a outubro 2016).

19300 sessões de tratamento oncológico por ano (janeiro a outubro 2016).

Foco nos pacientes e na comunidade

O Instituto do Câncer do Hospital Tacchini tem o objetivo de oferecer um serviço com excelência à comunidade em infraestrutura única com atendimentos multidisciplinares em oncologia para diagnóstico, terapêutica e acompanhamento clínico, além de buscar a atuação com ações e projetos, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e outras instituições, visando a prevenção e detecção precoce.

Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo

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