O delegado titular da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), Arthur Reguse, concedeu uma entrevista coletiva para esclarecer o andamento das investigações sobre o caso do homicídio do empresário Camilo Geremia, ocorrido na última quarta-feira, dia 18, no bairro Aparecida em Bento Gonçalves.
Segundo Reguse, na tarde desta sexta-feira, dia 20, o suspeito, um homem de 50 anos, compareceu espontaneamente até a delegacia, acompanhado de advogado, entregou a arma de fogo utilizada no crime, além de passar por interrogatório. Ele confessou que foi o autor dos disparos que mataram Camilo.
De acordo com o depoimento, o suspeito e sua família se deslocavam da cidade de Garibaldi, onde prestavam esclarecimentos, quando foi contatado pela vítima, a qual evitava o contato há algumas semanas. A vítima segue até a residência do atirador e para em frente ao imóvel. Quando o suspeito chega, ao se aproximar do veículo de Camilo, desconfia dos movimentos do mesmo e dispara por cinco vezes. O primeiro disparo acertou o rosto da vítima, outros dois acertam o tórax e na lateral do corpo, além do para-brisas do veículo.
Ainda segundo o delegado, durante o interrogatório, foi apurado que a motivação do crime teria sido um fato entre um familiar do suspeito e Camilo, em um sítio na cidade de Garibaldi, no último dia 7 de dezembro. Questionado se este fato em Garibaldi teria sido um abuso por parte da vítima, o delegado afirmou que está sendo investigado pela DP de Garibaldi e não revelaria o fato para não expor os envolvidos, mas foi dado pelo suspeito como a motivação do crime.
Reguse afirmou ainda que a vítima e o autor eram amigos há mais de dez anos, e o fato ocorrido no sítio em Garibaldi, no último dia 7 teria “abalado” a estrutura familiar e psíquica do atirador. O delegado relatou que o suspeito não costumava andar armado, a arma ficava em sua casa, mas devido aos últimos acontecimentos e pelo contato da vítima informando que estava a caminho de sua residência, para “resolver” o problema, o suspeito acabou colocando a arma em seu veículo.
Ainda segundo as investigações o suspeito relata uma ameaça de Camilo dois dias antes do crime, e após esse fato, o homem, que já havia rompido os laços de amizade, rompe também os negócios, já que ele prestava serviços para a vítima. Ele relata também que havia ligado para a esposa de Camilo relatando o fato ocorrido no sítio, em Garibaldi. O suspeito ainda relatou que o crime não foi premeditado, mas que agiu por impulso.
A arma utilizada no crime não possui registro e o suspeito não tinha autorização para o porte da mesma. Segundo o relato do suspeito ele teria adquirido a arma em troca de um serviço realizado. O delegado relatou que o mesmo se mostrou arrependido pelo crime e que não “queria” que isso tivesse acontecido.
Reguse afirmou que inicialmente não vai pedir a prisão preventiva do suspeito pelo fato de o mesmo ter se apresentado voluntariamente, “em princípio como ele se apresenta espontaneamente, participa do interrogatório e confessa o crime, eu já conversei com o judiciário sobre esse assunto, mas não tenho elementos pra fundamentar uma prisão preventiva antes de transitado e julgado a sentença de condenação”. Destacou.
Segundo o delegado o crime está sendo classificado como homicídio qualificado, pela quantidade dos disparos, a dinâmica do crime e pelo fato do suspeito não ter dado chance de defesa a vítima. Mais imagens de câmeras de segurança do comércio da região foram captadas pela polícia e serão utilizadas para apurar a cinemática do homicídio. Ainda devem ser realizadas oitivas, além do recebimento do laudo do IGP, análise dos documentos, ouvir familiares e testemunhas para remeter ao judiciário. Essa fase deve durar cerca de dez a quinze dias.
Fonte: Central de Jornalismo Difusora
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