A terceira entrevista da série “SUS: 30 anos” exibida pela “Rádio Difusora 890” foi veiculada nesta quarta-feira, 28, durante o programa “Rádio Jornal 1ª edição”. As três décadas do Sistema Único de Saúde também ligam-se com os municípios. O secretário de Saúde da Prefeitura de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira, ouvido pela reportagem, lembrou “de cara” que não são apenas moradores da cidade atendidos, e sim, ocorre uma abrangência regional.
Ou seja, a demanda é muito mais do que os 115 mil habitantes da Capital do Vinho. Um dos gargalos existentes no entendimento de Siqueira são os atrasos de repasses financeiros pelos Governos Estadual e Federal, fazendo com que a Prefeitura tenha que bancar o serviço, para não parar.
“Quem paga esta conta é o morador de Bento Gonçalves. Estamos referenciados para mais de 20 municípios em algumas especialidades, em torno de 225 mil habitantes, fazendo com que tenhamos que privilegiar a saúde”, disse.
O secretário destacou que o contrato entre Prefeitura e Hospital Tacchini é fundamental, para a possibilidade de oferecer saúde pública para os moradores. “O paciente é internado no Tacchini, e muitas vezes o SUS é que paga por este serviço. O sistema de Oncologia, de Câncer, com todas as dificuldades, conseguimos um sistema público e de qualidade”, recordou.
“A nossa região é indutora de pessoas, que vem morar na Serra Gaúcha. Bento recebe em torno de 1 mil habitantes todo o ano, que são importantes para a cidade crescer, mas ao mesmo tempo a gente não recebe das outras esferas um aumento da capacidade hospitalar, do número de leitos, e obviamente acaba afetando a qualidade”, acrescentou.
Apesar dos aspectos mencionados, o secretário define como a ausência de referência em traumatologia e ortopedia de alta complexidade na Serra como um grave problema. “Não temos como encaminhar um paciente nosso para um cirurgia de coluna, por exemplo. Além disso, a tabela SUS para qualquer morador do Brasil está em torno de R$ 1400,00. Imagine um médico operando com esta responsabilidade, além de pagar anestesista, internação, medicamentos, enfim, vai faltar Hospital e médico que faça isso”, desabafou.
Contudo, a UPA 24 Horas, a compra de equipamentos como um raio X digital, entre outros itens, são conquistas na visão de Siqueira. “O SUS tem 30 anos, é recente, mas não podemos é ter retrocessos. O sistema tem que ser financiado, não adianta fazer algo novo se não tivermos dinheiro para manter o serviço”, finalizou.
Criado em 1988, pela Constituição Federal Brasileira, que determina que é dever do Estado garantir saúde a toda população.
A serie de entrevistas continua nesta quinta, dia 1, durante o “Rádio Jornal 1ª edição”, das 7h às 8h. A conversa será com a Associação Médica de Bento Gonçalves (Ameb), onde o presidente o médico Roges Pisani, manifesta-se sobre o tema.
Por fim, na sexta-feira (2) a entrevista final é com o diretor superintendente do Hospital Tacchini, Hilton Mancio.
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Fonte: Central de Jornalismo da Difusora
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