Emergências pediátricas lotadas e dificuldade na busca do atendimento preocupam pediatras
Com a chegada do outono e das temperaturas mais baixas, as emergências pediátricas de Porto Alegre voltaram a registrar grande procura pelo atendimento a crianças e adolescentes com síndromes respiratórias. O cenário era repetido a cada ano e só estava diferente, no cenário da pandemia. O agravante, em 2022, foi a diminuição desse tipo de serviço nos hospitais da Capital.
“As melhorias atreladas à saúde da nossa população infantil, frequentemente utilizadas como justificativas para rearranjos assistenciais, não são suficientes para justificar o “encolhimento” de nossa rede pediátrica. Estratégias adotadas nesta linha visando garantir a própria sobrevivência, desequilibram todo o sistema de saúde que já é insuficiente. Não podemos trabalhar com uma política simples de substituição, mas sim de adição norteada por qualificação e necessidades da população”, afirma o presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Sérgio Amantea.
Alternativas que, há anos deveriam estar sendo colocadas em prática, não acontecem.
“Fomos criativos em gerir e financiar espaços para assistência durante a pandemia, período em que a saúde de nossas crianças foi menos impactada que a dos adultos pela COVID. A ineficiência de nossa rede assistencial (pública e privada) foi silenciosamente agravada por um fenômeno de encolhimento. Estamos agora vendo o resultado da desestruturação de serviços e de leitos e o impacto da adoção de diferentes políticas de contratação e remuneração pela atividade profissional na pediatria. Crianças não são adultos pequenos e suas necessidades assistenciais são tão grandes quanto as dos adultos”, alertou Sérgio.
Entre as saídas que são propostas para equacionar o problema estão um número adequado de profissionais nos Pronto-Atendimento, Salas de Observação com uma retaguarda quantitativa adequada de leitos pediátricos e de assistência intensiva. Além disso, um acesso facilitado à rede de postos com pediatras e municípios do interior com investimentos para tratamento de casos mais complexos.
Redação e coordenação: Marcelo Matusiak
Fonte: Play Press
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