Apenas 45% do previsto de obras foi efetuado, contando com um aditivo para reparos no Trevo da Telasul, em dois anos após o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) iniciar as incursões na BR-470 depois da federalização da rodovia. Em virtude de um contingenciamento do Governo Federal, de R$ 47 milhões que estavam garantido para uma primeira etapa de obras, somente R$ 22 milhões foram utilizados.
A paralisação aconteceu pela escassez de recursos o que motivou a suspensão do serviço, ficando apenas os trabalhos de roçada manual, limpeza de dispositivos de drenagem e tapa buracos. Entretanto, o entroncamento da BR-470 com a RSC-453, trevo da Telasul, deve ser concluído até agosto de 2017.
As informações foram confirmadas pelo engenheiro da superintendência regional do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Adalberto Jurach, em encontro nesta sexta-feira, 26, na sede da Associação do Comércio, Indústria e Serviços (ACI) de Carlos Barbosa, que reuniu além do órgão, autoridades regionais, prefeitos, CICS/Serra (Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha), Amesne (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste), bem como o deputado estadual, Ronaldo Santini (PTB) e representantes da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Bento Gonçalves.
“Foi atingido um percentual bem aquém do que se previa. Mesmo assim o pessoal está fazendo a manutenção do pavimento. Tão logo termine a obra da Telasul, haverá sequência da pavimentação de Salvador do Sul a Montenegro”, afirmou.
A tendência ainda é que em agosto seja renovado um contrato por mais um ano para manutenção e conservação da rodovia. Naquele trevo o primeiro projeto que está em andamento está a cargo da empresa Construtora Centro Leste LTDA. Depois da conclusão, a região ainda sonha com a colocação de um viaduto.
“A situação do momento é que não temos como implantar, pois os valores dispensados estão na ordem de R$ 40 milhões”, acrescentou o engenheiro.
Como é o projeto?
Segundo o DNIT, em sua concepção, o projeto foi pensado de maneira a desafogar as retenções rotineiras no local, por meio da execução de uma rótula alongada, que é executada quase que em sua totalidade sem interferências com o fluxo contínuo da rodovia, e de forma a não perder os serviços que serão executados agora, em caso de uma futura duplicação da rodovia.
Pardais
Ele destacou ainda que os pardais que foram implantados recentemente prosseguem em período de testes, mas que já trazem um novo comportamento dos condutores na rodovia.
Pavimentação
Ao assumir a BR-470 o Dnit informou que haveria recuperação da camada asfáltica, com repavimentação que variava de 3cm a 5cm. “A gente imagina que a rodovia voltou a condição de conforto e segurança. A expectativa é que a situação do pais voltando a se estabilizar, que a gente passe a trazer de volta a ideia, de após os reparos, trazer nova camada”, finalizou Jurach.
Os pedidos das lideranças
O presidente da ACI, Fabiano Paloschi Ferrari, reconheceu o excelente trabalho do Dnit, mas “lembrou que temos que pensar na duplicação da rodovia entre Bento Gonçalves e Carlos Barbosa. Sabemos que passam de 30 mil veículos por dia na região”, disse.
O deputado Ronaldo Santini (PTB) quer uma posição oficial do Governo Federal. “A rodovia ainda carece de melhorias. Queremos saber diante do atual cenário em Brasília, se corremos riscos”, destacou.
O presidente do CIC/BG (Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves), Laudir Piccoli, salientou que “já foram feitas visitas em Brasília pedindo infraestrutura melhor, mas não adianta, o crescimento da nossa região precisa de uma duplicação, para melhorar o escoamento da produção”.
O presidente reeleito para a CICS Serra, Édson Morello, comemorou o fato das obras do trevo da Telasul continuarem, mas disse que “não é a solução. Queremos um viaduto que está sendo projetado junto com a rótula. Esta é a reivindicação e o que a classe empresarial puder ajudar, vamos buscar”, afirmou.
O prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, solicitou a implantação de um escritório do Dnit na região da Serra, para aproximar o órgão das Prefeituras, quando na busca de informações.
Antônio Cettolin, de Garibaldi, presidente da Amesne, apesar da turbulência em Brasília, comentou que os prefeitos estão prontos para retornar a Brasília na busca de garantias da continuidade de obras na rodovia.
PRF
A apresentação das ações da PRF ganharam reforço com a presença do chefe da 6ª delegacia, de Bento Gonçalves, Lucas Martins. “Temos por objetivo dar o melhor resultado à população. No último ano, a PRF somou mais de oito mil testes de etilômetro na BR-470, além de 22.449 pessoas e mais de 21 mil veículos fiscalizados”, explicou. “Antes da delegacia, foram evitados mais de 500 acidentes e reduzimos cerca de 50% o número de pessoas feridas”, completou.
Compuseram a mesa: Lucas Martins, delegado da 6ª delegacia da PRF – Bento Gonçalves; Adalberto Jurach, superintendente do DNIT; Ronaldo Santini, deputado estadual; Edson Vinicius Morello, presidente da CICS Serra; Fabiano Paloschi Ferrari, presidente da ACI de Carlos Barbosa; Evandro Zibetti, prefeito de Carlos Barbosa; Aicaro Ferrari, vice-presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs); Antonio Cettolin, prefeito de Garibaldi e Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) e Guilherme Pasin, prefeito de Bento Gonçalves.
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Fonte e fotos: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora
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