Após terminar 2018 em alta acima da inflação, o preço médio da gasolina e do diesel nas bombas caiu na primeira semana de 2019, segundo levantamento divulgado recentemente pela Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP).
Mesmo assim, continua intrigando alguns consumidores o fato do Rio Grande do Sul estar com preços mais baixos no combustível em diversos postos, (estima-se que tenha baixado R$ 0,60 nos últimos 30 dias). Mas, o por que determinados estabelecimentos tiveram uma redução pequena, longe da média estadual?
Representando os postos de combustíveis da Serra, o presidente do Sindipetro Serra Gaúcha (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, de Empresas de Garagem, Estacionamento, de Limpeza e Conservação de Veículos e Lojas de Conveniência de Caxias do Sul e Região), Eduardo D´Agostini Martins, explica: “O fator principal quanto a questão do preço da gasolina é dólar e o valor do petróleo no mercado internacional. A Petrobras tem como base esses dois itens principais. Infelizmente quando aumenta o petróleo, aumenta o combustível na Petrobras, tanto o diesel quanto a gasolina. A cadeia de impostos por ser percentual aumenta também. Na gasolina em torno de 50% é imposto, então é o que mais impacta no preço para o consumidor final. Na questão de cada cidade o que mais influencia é o número de postos. É difícil comparar um posto de cidades diferentes, de regiões diferentes. Tem diferença no frete, na mão de obra, na energia elétrica, a questão do terreno, se é próprio, se é alugado, se é central, se o posto fica num bairro mais afastado, então são muitos fatores que influenciam no preço. O mercado é livre, o que faz com que oscile é a concorrência e a carga tributária”.
Após diversas denúncias sobre o preço do combustível nos postos de Bento Gonçalves, o Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) vai solicitar ao Ministério Público investigação sobre o assunto. O pedido visa identificar se ocorreu negligência durante o repasse da redução do preço durante a transição de reajustes. Para o consumidor que fica com aquele receio de estar pagando um valor abusivo na hora de abastecer, Martins responde: “pela pesquisa da ANP, Bento Gonçalves é a décima segunda cidade com preço mais alto das 36 analisadas”. Segundo ele, a ANP pediu esclarecimentos às distribuidoras, e não aos postos revendedores. Martins finaliza dizendo: “talvez tenha faltado conhecimento ao Procon”.
Sobre a perspectiva para os próximos cenários, para o presidente do Sindipetro não há previsão. Conforme Eduardo, se tratando de preço de petróleo e cotação do dólar, a população fica sempre suscetível às variações.
Questionado sobre a existência de alguma investigação sobre a formação de cartel em alguma cidade da Serra Gaúcha, o presidente é específico: “não temos nenhuma notícia disso, no processo que aconteceu em Caxias do Sul há muitos anos atrás, todos foram absolvidos”, finaliza.
Fonte: Airton Ferreira/Central de Jornalismo da Rádio Difusora
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