Síndico de condomínio é preso suspeito de ameaças e apropriação indébida em Farroupilha

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Farroupilha, coordenada pelo delegado Ederson Bilhan, desencadeou uma operação na manhã desta segunda-feira, dia 12, em um condomínio em Farroupilha.

Durante a ação, o síndico do condomínio foi preso preventivamente, foram cumpridos 5 mandados de buscas e apreensões, em um imóvel situado em Arroio Sal sequestrado/bloqueado, 5 veículos apreendidos. Ainda foram afastados o síndico e o subsíndico da gestão do condomínio.

A investigação originou-se a partir de “denúncias” de moradores do condomínio dando conta que o síndico ameaçava e constrangia quem não aderisse às regras impostas por ele no âmbito do residecial. Os fatos perpetuaram-se no tempo. Durante o curso da investigação, apuraram-se aproximadamente 8.767 condutas passíves de serem enquadradas como crime.

Os fatos apurados indicam suspeição dos seguintes crimes ameaça, constrangimento ilegal, apropriação indébita, perigo para a vida ou saúde de outrem, falsidade documental, uso indevido de símbolos de órgãos da administração pública, exercício arbitrário das próprias razões e Extorsão.

Além dos supostos crimes praticados diretamente contra as vítimas (ameaças, constrangimentos ilegais, etc), o Síndico construiu um poço artesiano clandestino no condomínio, sem qualquer autorização sanitária e ambiental.

Segundo informações, o mesmo estava fornecendo em nome do condomínio, esta água a todos os condôminos, portanto, segundo a Polícia Civil, ficou evidente a exposição de vida ou a saúde dos moradores a perigo direto e iminente, e exigindo taxas de serviço de prestação de água como se fosse a Corsan que estivesse fornecendo.

Há indícios de apropriação indevida dos valores do condomínio para fins particulares. Após assumir a gestão do condomínio, o suspeito criou uma empresa de zeladoria, portaria e limpeza e passou a prestar serviço ao próprio condomínio, ou seja, o suspeito era o síndico,  que recebia honorários por isso.

A empresa que presta serviço ao condomínio pertence a sua esposa, mas na prática, os indícios apontavam que era ele quem administrava, recebia do condomínio mensais R$ 36.370,35 com fortes indícios de superfaturamento e ele (síndico) também empregado da empresa da esposa (que é dele) e recebe R$ 1.626,00 mensais.

Portanto, ele se auto remunerava de diversas formas tendo como única fonte o condomínio que  administrava.Diante desse contexto, apurou-se que o montante de mais R$ 450.000,00 era incompatível com a renda lícita do grupo familiar do investigado, de modo que foi bloqueado valor correspondente em móveis (veículo) e imóvel. O suspeito tem 44 anos e foi preso no Bairro Monte Pascoal, Farroupilha.

Imagens / Fonte: Polícia Civil

error: Conteúdo Protegido