Simers avalia que Médicos pelo Brasil coloca o país em patamar de Primeiro Mundo

O programa substitui gradativamente o Mais Médicos, criado em 2013, e contará com 18 mil vagas em todo o território nacional

O Médicos pelo Brasil recebeu o apoio do presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias – que participou do lançamento no Palácio do Planalto, em Brasília, na quinta passada (1º). Na opinião do dirigente da entidade, este programa corrige vários dos problemas do programa que o antecedeu e dá uma perspectiva real da povoação de profissionais de saúde qualidade nas localidades mais distantes do país.

“O Mais Médicos não exigia o CRM, então não tínhamos nunca a certeza de que os indivíduos que trabalhavam no programa eram competentes, pois não havia a exigência da revalidação do diploma para exercer a profissão. Não tínhamos um atestado de qualidade, porque quando fizeram a prova do Revalida, mais de 70% deles acabaram rodando”, destaca.

A iniciativa, que prevê a ampliação da oferta de vagas, melhores condições de trabalho e a interiorização de médicos prioriza a prestação de serviços na atenção primária de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente em municípios pequenos e remotos do Brasil, salienta o presidente do Simers. Outro ponto positivo, analisa Matias, é o estímulo à formação especialistas em Medicina de Família e Comunidade.

“O importante deste projeto é que cria a possibilidade de se criar uma carreira sólida, na qual os médicos sintam interesse em se profissionalizar, principalmente porque há um plano de crescimento e a remuneração inicial é melhor, além de prever um bônus por desempenho”, completa.

Sobre o Programa:

VAGAS – Estão previstas 18 mil vagas. Destas, 13 mil devem estar em municípios avaliados como de baixo provimento. Elas devem ser ofertadas gradualmente, conforme o encerramento dos contratos do Mais Médicos.

REVALIDAÇÃO – Apenas profissionais brasileiros ou estrangeiros com diploma revalidado poderão integrar o programa.

SELEÇÃO – Os novos contratos serão firmados por meio da CLT, após a realização de um processo seletivo.

ESPECIALIZAÇÃO – O tempo de participação no programa será de dois anos. Nesse período, os médicos terão que fazer um curso de especialização em saúde da família, que será critério para a efetivação da contratação.

BOLSA – O valor da bolsa-formação durante a especialização será de R$ 12 mil com gratificação de R$ 3 mil para locais considerados remotos e R$ 6 mil para distritos sanitários indígenas.

JORNADA – A jornada será de 60 horas semanais, sendo 40h para atendimento e 20h para atividades teóricas.

PROGRESSÃO – O programa prevê o pagamento de um bônus, que deve variar por local de atuação, tempo de permanência e de acordo com indicadores de desempenho. O valor de desempenho pode variar de 11 a 30% do salário.

 

Fonte: Simers

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