Sicredi compartilha, em live do CIC-BG, dicas para encontrar o equilíbrio financeiro

Transmissão contou com os especialistas da Sicredi Serrana André Luis Thums e Allan David, e mediação da diretora da área de Pequenas Empresas do CIC-BG, Bruna Cristofoli

Para os empreendedores preocupados com a saúde financeira de seus negócios, o período de pandemia deve ser utilizado para identificar os vilões do planejamento orçamentário, desengavetar planos B – ou bolar alguns – e testar seus autoconhecimentos sobre a empresa.

A partir do trabalho de questões como essas, fica mais fácil encontrar os caminhos que conduzem ao ponto de equilíbrio, disseram especialistas da Sicredi Serrana nesta segunda (22), em live promovida pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG). “Quando falamos em equilíbrio, isso também diz respeito à pessoa física. Se ela está equilibrada, com a educação financeira na família, isso vai refletir na pessoa jurídica”, disse o assessor de Programas Sociais da Sicredi Serrana, André Luis Thums, um dos entrevistados da live ao lado do colega Allan David, assessor de Negócios Pessoa Jurídica da instituição financeira.

Para Thums, uma forma de promover a educação financeira precisa contemplar quatro aspectos – o diagnosticar, o sonhar, o orçar e o poupar. “É preciso um bom diagnóstico da situação; ter sonhos de curto, médio e longo prazo; o orçamento, seja familiar ou na empresa, não pode se utilizar apenas de cálculos mentais; e poupar não é apenas o guardar dinheiro, mas também recursos, é fazer boas escolhas”, ensinou.

Para que tudo isso funcione, é preciso identificar alguns vilões neste processo. Um deles é o de misturar o dinheiro da empresa com o da família. Outro é o de confiar na memória – é preciso anotar entradas e saídas, seja em planilhas ou em aplicativos. Outro aspecto é a confusão com lucro e faturamento. Também importante é estabelecer um preço correto de venda, para evitar a sensação de que se trabalha bastante e se ganha pouco. “Com isso, é possível construir um caminho sustentável, disse Thums.

Allan disse que, para uma empresa ser considerada financeiramente saudável, é preciso fluxo de caixa alinhado e capacidade de realizar lucros – seja a partir de suas vendas e compras, seja com recursos próprios ou de terceiros. “Vivemos em uma sociedade que acha que lucrar é feio, e não é. É importante ter esse excedente para reinvestir na comunidade onde as pessoas vivem. E, também, é importante esclarecer o seguinte: precisar de crédito não quer dizer que o indivíduo tenha fracassado. Muitos imaginam que só quem faz investimento com dinheiro próprio é bem-sucedido, e isso não é uma realidade. O crédito serve para dar agilidade. Se preciso aguardar meu lucro para gerar caixa e fazer investimentos, teria que esperar muito tempo, e o crédito me dá condição de alavancar isso e fazer isso acontecer mais rápido. Se for bem feito, isso vai dar agilidade no processo de acúmulo de capital e até para criar empregos”, avaliou.

Apesar das dificuldades da pandemia, o momento também apresenta oportunidades. “Esse é o ano do plano B, quando você pode e deve buscar novas oportunidades. Precisamos conhecer o ciclo operacional da empresa fazendo as seguintes perguntas: quanto tempo preciso para girar meu estoque, em quantas vezes consigo comprar, tenho que alongar o prazo, tenho capacidade de geração de capital de giro apara atender o prazo que meu cliente está pedindo? Esses são fatores relevantes para tomarmos decisão se vamos ou não prosseguir com os mesmos métodos”, comentou Allan.

Neste sentido, também é preciso estipular uma análise temporal, já que o abre e fecha dos setores produtivos é uma variante a ser analisada. Segundo Allan, as empresas também devem procurar ferramentas que indiquem se a eficiência da empresa está no ponto do equilíbrio. “Isso ajuda a saber o que posso investir, que juro posso pagar, o fluxo de caixa tem que estar encaixado nos pagamentos. O caixa é o fato realizado, o lucro é do papel”, orientou. Thums completou que também é importante, tanto para pessoas jurídicas quanto para físicas, ter uma reserva de emergência que compreenda um período de três a seis meses do custo de vida.

Para a mediadora do encontro, a diretora da área de Pequenas Empresas do CIC-BG, Bruna Cristofoli, esse será um dos legados da pandemia. Segundo ela, a criatividade deve acompanhar os empreendedores nesta hora desafiadora e que mantenham seus sonhos vivos. “Ouvi em uma live essa colocação: o que tira uma empresa da crise é o sonho do vendedor. É aquele objetivo em cada dificuldade, sempre se lembrando que você tem um sonho e que vai encontrar meios de alcançá-lo”, disse Bruna.

A live completa pode ser acompanhada no link https://bit.ly/3hU13hY e nas plataformas digitais do CIC-BG.

Fonte: Exata Comunicação

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