Setembro Amarelo: Tacchini reforça a importância do cuidado integrado para prevenir o suicídio

O Setembro Amarelo é um mês de conscientização sobre a prevenção ao suicídio e, no Hospital Tacchini, o tema é abordado com atenção durante todo o ano. Psicologia e psiquiatria têm papel essencial nesse processo, oferecendo acolhimento e escuta qualificada a pessoas em sofrimento emocional.

No ambiente hospitalar, onde situações de adoecimento grave, internações prolongadas e diagnósticos delicados despertam sentimentos de medo e desesperança, o apoio psicológico se torna ainda mais relevante. “O psicólogo hospitalar atua nesse território de fragilidade, apoiando o paciente em sua dor e amparando famílias que também sofrem. Esse trabalho humaniza o ambiente hospitalar e pode ser decisivo para evitar que pensamentos suicidas se agravem”, explica a psicóloga do Tacchini, Andressa Vaccaro.

A psiquiatria complementa esse cuidado com avaliações clínicas especializadas, capazes de identificar transtornos mentais e indicar tratamentos que podem incluir medicação ou, em casos graves, internação psiquiátrica. “O trabalho conjunto entre psicologia e psiquiatria possibilita uma abordagem mais completa, estabilizando o paciente em momentos de maior vulnerabilidade e ampliando suas chances de recuperação”, reforça o psiquiatra do Tacchini, Dr. Ricardo Maioli.

Fatores de risco e atenção aos sinais

Os principais fatores de risco para o suicídio envolvem múltiplos aspectos psicológicos, sociais e biológicos. Depressão, ansiedade, transtorno bipolar e esquizofrenia aumentam a vulnerabilidade, assim como histórico de tentativas anteriores, experiências traumáticas, violência, uso de álcool e drogas e isolamento social. Também podem contribuir doenças graves, dores crônicas, perdas afetivas ou financeiras e o fácil acesso a meios letais.

Segundo Dr. Maioli, compreender esses fatores é crucial para orientar estratégias de prevenção. “Eles não atuam isoladamente e podem interagir de forma complexa. O entendimento profundo dessas interações ajuda a direcionar melhor o cuidado”, explica.

Acolhimento no Hospital Tacchini

No Tacchini, pacientes em crise emocional passam por triagem de enfermagem e avaliação médica inicial. Quando identificado risco de suicídio ou sofrimento intenso, a equipe de psiquiatria e psicologia é acionada para garantir uma escuta segura e sem julgamentos. O atendimento é interdisciplinar e inclui, quando necessário, o planejamento de cuidado pós-alta, com encaminhamentos para acompanhamento psicológico ou psiquiátrico e fortalecimento das redes de apoio.

Escuta que transforma

A escuta qualificada é um dos pilares da prevenção. “Ela oferece ao paciente um espaço seguro para expressar sentimentos dolorosos e simbolizar sua dor, promovendo o início do processo de elaboração emocional”, ressalta Andressa. Esse tipo de abordagem reduz o risco de agravamento dos sintomas e aumenta a adesão ao tratamento, criando condições para que a pessoa recupere autonomia e encontre novas formas de lidar com a dor.

Cuidados no dia a dia

Fortalecer a saúde mental exige práticas simples, mas consistentes. Relações sociais de qualidade, apoio familiar, atividades de bem-estar, sono adequado e momentos de autocuidado formam uma base protetiva. Cada pessoa deve buscar o que melhor se adapta à sua realidade, e procurar ajuda profissional é essencial sempre que houver sinais de sofrimento intenso.

Responsabilidade coletiva

A prevenção ao suicídio é um esforço que vai além do consultório ou do hospital. “Aproximar-se, conversar e ouvir sem julgamentos são atitudes que protegem e podem acolher”, reforça Andressa. Já Dr. Maioli lembra que transtornos mentais são tratáveis: “Buscar ajuda profissional pode fazer toda a diferença. Em casos de risco iminente, é fundamental procurar atendimento em um serviço de emergência.”

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