Servidores municipais decretam greve após aprovação de projetos que retiram direitos

A insatisfação tomou conta dos servidores públicos municipais de Bento Gonçalves após a aprovação de projetos do Executivo que “retiraram direitos históricos da categoria”, conforme os servidores, que se concentraram em frente à Câmara de Vereadores e posteriormente adentraram ao plenário Fernando Ferrari onde acompanharam a sessão ordinária.
Diante desse cenário, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bento Gonçalves (SINDISERP-BG) convocou uma assembleia extraordinária, que aconteceu ainda no meio da rua, logo após a decisão. Durante uma reunião, liderada pela presidente Neilene Lunelli, os servidores deliberaram, por unanimidade, o início de uma greve. O movimento abrange profissionais de diversos setores, incluindo saúde, educação e administração.
A principal queixa da categoria é a falta de diálogo entre Executivo e sindicato. Além disso, os trabalhadores criticam a ausência de audiências públicas para discutir as mudanças e reforçaram a sensação de desvalorização.
Outro ponto levantado pelo sindicato é a priorização de cargos de confiança e terceirizados em detrimento dos servidores concursados.
O SINDISERP também denunciou que não era permitido o uso da Tribuna da Câmara para expressar o posicionamento da entidade, “demonstrando total falta de respeito aos princípios da gestão pública e da democracia”.
Em entrevista à imprensa a presidente da entidade, Neilene Lunelli, destacou a contrariedade aos projetos e reforçou a paralisação, “tentamos diversas negociações, por diversas vezes falamos com o presidente da Câmara, com o presidente da comissão, pedimos a realização de uma audiência pública, entregamos abaixo-assinado, entregamos ofícios de diversas pessoas contrárias, fizemos, nesses 15 dias antes dessa sessão, todo esse trabalho, na esperança de que hoje esses vereadores pudessem vir com a gente e não foi isso que a gente viu, foi então deflagrada a greve a partir de amanhã”.
Enquanto a proposta aprovada ainda aguarda a sanção do prefeito, o sindicato já anunciou uma nova assembleia para o dia 13, na qual serão debatidos os próximos passos da mobilização.
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