Servidores da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) estão mobilizados em defesa da instituição, ameaçada de extinção pelo governador José Ivo Sartori. Caso aprovada, a medida “acabará com a pesquisa agropecuária estadual”, conforme texto elaborado por pesquisadores e técnicos da Fundação. O documento será entregue nos próximos dias aos deputados estaduais do Rio Grande do Sul.
Segundo os servidores, quase 90% dos recursos de pesquisa agropecuária no Estado provêm de editais de agências de fomento destinados, exclusivamente, a instituições científicas como a Fepagro. “Ou seja, não são providos pelo Estado e nem vão ser, diante dos cortes orçamentários que estão previstos.” Além disso, de acordo com o documento, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação não é uma instituição científica e, portanto, é inelegível para estes editais. “Pesquisas precisam de continuidade para ter resultados. Com um quadro técnico em extinção, não haverá reposição de pesquisadores e técnicos, e as pesquisas vão acabar.”
O texto informa ainda que a economia do Rio Grande do Sul tem como carro-chefe a agropecuária, responsável por 40% do PIB do Estado. “As pesquisas realizadas pela Fepagro aumentam a produtividade no campo, que, por sua vez, aumentam o PIB do Rio Grande do Sul.” De acordo com o Balanço Social da Fepagro de 2015, cada real investido na Fundação gerou R$ 36,03 para a sociedade gaúcha. Portanto, “a Fepagro deve continuar para que seus resultados possam impulsionar ainda mais o agronegócio gaúcho e, por consequência, toda a economia do Estado”, avaliam os servidores.
Conheça a Fepagro
A Fepagro trabalha com pesquisa na área de produtos inoculantes, uma tecnologia que dispensa a utilização de nitrogênio para adubação das culturas. A aplicação destes produtos, somente nas lavouras de soja, gera uma economia de R$ 9 bilhões por ano aos cofres do País. “Tudo isso com pesquisa da Fepagro”.
Somente a Fundação dispõe de corpo técnico para conduzir estudos focados nas especificidades do Rio Grande do Sul, levando em consideração as diferenças de clima e solo entre as regiões do Estado. A Fepagro trabalha com pesquisa em sanidade animal para atender às demandas das cadeias produtivas ligadas à produção animal do Rio Grande do Sul. Além disso, os laboratórios de saúde animal são acreditados pelo Inmetro e credenciados ao Ministério da Agricultura e Pecuária para a realização de mais de 15 exames, como doença de New Castle, peste suína clássica, brucelose e leptospirose. “Atividade fundamental para manter o status sanitário do Rio Grande do Sul, possibilitando a exportação dos produtos animais”.
Os programas de melhoramento vegetal da Fepagro já registraram mais de 40 cultivares de diversas culturas, impulsionando a produtividade das lavouras gaúchas. O zoneamento agroclimático elaborado pela Fundação contribui para identificar áreas com maior potencial de produtividade e minimizar riscos climáticos.
Bento: reforma do telhado do ginásio de esportes é contemplada no Avançar Mais no Esporte
Reunião Técnica discute diagnóstico e apresenta soluções para os impactos das chuvas extremas na Serra Gaúcha
Vinho e espumante um passo mais perto de serem símbolos oficiais do RS