O Seminário Estadual dos Diretores de Ensino de CFCs do RS, promovido pelo DetranRS, reuniu nesta segunda-feira (02) no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa, mais de 200 diretores de ensino de Centros de Formação de Condutores (CFCs) de todo Estado. O objetivo foi promover um diálogo sobre a importância do trabalho desses profissionais na formação de condutores mais responsáveis e que prezem pela segurança no trânsito.
Pela manhã, a direção do DetranRS abriu o evento. O diretor técnico, Fábio Pinheiro dos Santos, realizou a saudação inicial. Fábio salientou a importância de encontros de qualificação como este para oxigenar os processos pedagógicos dentro dos CFCs, que são verdadeiras unidades de ensino responsáveis por formar e educar condutores e cidadãos. A diretora administrativa e financeira da Autarquia, Inajara Rosa, saudou os diretores de ensino e ressaltou o papel importante que eles desempenham na estrutura do CFC.
A diretora institucional, Diza Gonzaga, reafirmou o compromisso desta gestão em investir em educação para salvar vidas e falou do início do ano letivo na Escola Pública de Trânsito em fevereiro de 2020. Marcelo Soletti, diretor-geral adjunto, também sublinhou o compromisso da gestão do DetranRS em relação à educação para o trânsito, realçando o papel central dos CFCs e dos diretores de ensino para a construção do trânsito seguro que o RS almeja. O secretário adjunto da segurança pública, coronel Marcelo Frota, lembrou que o trânsito também faz parte da segurança, pois lida com comportamentos e estabelece condutas éticas para poder salvar vidas.
Logo após a abertura, o chefe da Divisão de Habilitação da Autarquia Jonas Bays realizou a contação da história A Canção de Yunus, convidando os presentes a refletirem sobre perseverança e transformação.
Para falar sobre Gestão em tempos de mudanças: desafios e perspectivas, o especialista em políticas públicas Gelson Benatti falou sobre a importância de ouvir todos os envolvidos em um trabalho para poder tomar decisões e que gestão é a habilidade de fazer escolhas.
A chefe da Divisão de Exames Juranice Dupont provocou a plateia com o painel Ser para ter: o exame (ter) refletindo o processo (ser), apresentado os desafios da atualidade para que os diretores de ensino consigam em meio a uma sociedade consumista, na qual os candidatos buscam apenas a obtenção da CNH, incutir a educação para o trânsito e a valorização da vida.
Educação para o Trânsito
A tarde começou com a futura diretora da Escola Pública de Trânsito Carla Guglielmi e as pedagogas Ivana Bernardes e Adriana Reston falando sobre a nova diretriz do governo do estado de implementar a educação para o trânsito de forma proativa, sistemática, organizada, contínua e objetiva. Ressaltando o papel dos diretores de ensino, Ivana falou que a nova escola vai atender a demanda tanto do público interno (servidores e credenciados) quanto externo, e convidou os CFCs a participarem do planejamento, enviando sugestões com assuntos de interesse. A nova escola também atuará oferecendo suporte para ações na comunidade.
Na sequência, o educador Márcio Tascheto falou sobre a Construção de territórios educativos no marco das cidades educadoras. “A educação precisa ser pensada a partir de uma perspectiva de rede, inserida em um território, a partir dos problemas reais, de onde nascem as demandas.” E esse não é papel só da escola. “As cidades podem ser lidas como um texto, que precisamos aprender a ler. Esse texto produz pedagogias, que nos ensinam a ser de certa forma. As cidades constroem no cotidiano processos educativos.”
Silvério Kist, coordenador da Assessoria Técnica do DetranRS apresentou uma visão geral do trânsito do RS em números e apontou a queda da participação das motos na frota e a redução da procura pela primeira habilitação. Também ressaltou a importância de se conhecer as realidades locais para trabalhar pedagogicamente. Kist também mostrou os dados da acidentalidade nessa Década de Ação pela Segurança no Trânsito e como, apesar do número alto de mortes no trânsito, o RS vem conseguindo se manter na meta da ONU de reduzir em 50% as vítimas até 2020.
Para encerrar o dia de debates, o sociólogo Eduardo Biavati trouxe dados do Brasil e mostrou como o país vai encerrar a Década longe de cumprir a meta, com uma redução de 12% das mortes. Biavati lembrou que esse é um resultado pífio, especialmente se considerando que países como Argentina, Chile, Portugal e Itália conseguiram passar dos 50% de redução.
“Mas temos mais uma oportunidade. As metas da ONU foram aperfeiçoadas em 2015 com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. São 17 objetivos, todos inter-relacionados. O trânsito está no 2° (saúde) e no 11º (cidades), mas também está no 17º, que é a maneira pela qual atingir os objetivos: através de parcerias. Vocês tem feito isso no Rio Grande do Sul. A Balada Segura não seria possível sem isso. Parece uma coisa óbvia, mas não fazíamos isso antes”.
Fonte: DetranRS
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