A Secretaria da Educação (Seduc) deu início, na manhã desta segunda-feira (29/1), à formação de gestores, equipes diretivas, chefes de divisão das Coordenadorias Regionais de Educação e secretários de escola, que passam a integrar, a partir do ano letivo de 2024, a modalidade de Ensino Médio em Tempo Integral. O modelo de ensino, que já havia sido implementado em 111 instituições em 2023, será expandido para um total de 205 escolas estaduais.
O evento ocorre entre os dias 29/1 e 1/2, 5/2 e 8/2 e segue durante o mês de março com atividades. Ao todo, reunirá mais de 2 mil professores em 32 horas de formação no campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre. A abertura do evento foi transmitida pelo canal do YouTube TV Seduc RS.
Durante a formação, serão abordadas as bases teóricas e metodológicas do modelo, a matriz curricular atualizada com novos componentes e a Tecnologia de Gestão Educacional, além do plano de ação da secretaria.
“O ensino em tempo integral traz inúmeras vantagens. É uma matriz já utilizada em várias partes do mundo e proporciona, conforme estudos, pelo menos, 17% a mais de chances para os alunos entrarem em uma universidade. O tempo integral tem esse objetivo, trabalhar o ser humano na sua integralidade, física e mental, cognitiva e socioemocional”, destacou a secretária da Educação, Raquel Teixeira. “Isso também contribui para que os jovens tenham uma melhor trajetória profissional, para que tenham melhores oportunidades e, por consequência, maiores salários. A expansão deste modelo é uma das prioridades da nossa gestão e a meta é proporcionar uma educação de qualidade, com mais carga horária, dando um elemento norteador para o protagonismo juvenil e sua qualificação para o mundo trabalho”, reforçou.
O subsecretário de Desenvolvimento da Educação, Marcelo Jerônimo, afirmou que uma série de mudanças administrativas estão sendo realizadas, desde a distribuição da carga horária dos docentes até o alinhamento pedagógico deste novo modelo de educação. Marcelo salientou que o modelo é importante e, ao mesmo tempo, bastante complexo para implementar.
“Nós estamos em um momento inicial, realizando um monitoramento de como está sendo a oferta deste novo modelo em cada uma das comunidades escolares. Estamos ouvindo as demandas, recebendo as sugestões e realizando as adequações necessárias a partir das necessidades da equipe gestora e das características de cada instituição”, disse Marcelo.
O subsecretário de Planejamento e Gestão Organizacional, Diego Ferrugem, enalteceu a força-tarefa do governo do Estado para garantir que todas as escolas, principalmente as de tempo integral, tenham as suas cargas horárias devidamente preenchidas. “Nós tivemos, recentemente, além dos 1,3 mil professores efetivos que foram aprovados no último concurso, a autorização, por parte do governo do Estado, para contratar de forma temporária até 9 mil novos profissionais”, afirmou Diego. “Então, iremos organizar esse fluxo para atender às demandas necessárias do quadro de recursos humanos”, explicou.
A superintendente de Educação Profissional, Tamires Fakih, destacou como ocorre a implementação nos casos em que a escola é técnica e, ao mesmo tempo, está começando no modelo de tempo integral. “Nós fizemos uma consulta na feira das trilhas formativas e a oferta dos cursos técnicos nessas escolas ocorre a partir de uma ferramenta que a gente desenvolveu, que observa aspectos socioeconômicos e pedagógicos. São as chamadas ‘qualificações’ que se conectam com as necessidades do mundo do trabalho. Isso envolve temas pertinentes como protagonismo juvenil, empreendedorismo e pensamento de forma tecnológica”, ressaltou.
Também estiveram presentes a secretária-adjunta da Educação, Stefanie Eskereski; a subsecretária de Governança e Gestão, Janaína Audino; o subsecretário-adjunto de Infraestrutura e Serviços Escolares, Rômulo Saraiva; a coordenadora do Núcleo de Educação Integral, Ana Carolina Melos; e o superintendente-adjunto de Educação Profissional, Tomás Collier.
Investimentos
Além do repasse extraordinário do Agiliza Educação para todas as escolas estaduais, somente as escolas de Ensino Médio em Tempo Integral receberam juntas, no mês de janeiro, mais de R$ 15 milhões.
Ensino Médio em Tempo Integral
A expansão do Ensino Médio em Tempo Integral é uma ação prioritária do governo do Estado. A iniciativa busca garantir novas oportunidades de aprendizagem e protagonismo a todos os jovens da rede de ensino. O novo modelo apresenta uma proposta pedagógica multidimensional, integrada às dinâmicas da atualidade e ao desenvolvimento das competências cognitivas socioemocionais.
O sistema foi ampliado, com a adesão, em 2024, de mais 94 unidades de ensino, passando de 111 para 205 instituições em tempo integral. Esse número representa 18% das escolas da rede estadual.
O projeto prevê transformar, até 2026, 50% das instituições de Ensino Médio da rede pública em escolas de tempo integral e atingir um índice de 25% de matrículas nessa modalidade.
Texto: Diego da Costa/Ascom Seduc
Edição: Camila Cargnelutti/Secom
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