A Secretaria da Saúde (SES), por meio da área técnica de Saúde Indígena e da Política de Saúde de Adolescentes, participou nesta semana da 3ª Mobilização de Mulheres Indígenas Kaingang GT Guarita Pela Vida – Meu Corpo, Meu Território, que ocorreu nos municípios de Tenente Portela e Redentora.
Organizado pela Terra Indígena do Guarita, a maior comunidade do Rio Grande do Sul, com cerca de 8 mil pessoas e que abrange três municípios (Erval Seco, Redentora e Tenente Portela), o movimento contou com o apoio do Programa de Incentivos da Atenção Primária (Piaps) da SES.
A mobilização nasceu com o objetivo de pôr fim à violência contra as mulheres indígenas, em especial à violência sexual. Desde seu início, o movimento conta com apoio de instituições públicas e privadas e com a participação de outras comunidades Kaingang e Guarani.
A Divisão de Equidades do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES atuou diretamente no encontro, realizado nos dias 3 e 4 de julho. As áreas técnicas da Saúde Indígena e da Política de Saúde do Adolescente participaram das mesas de discussões que trataram temas como: organização das redes de proteção às violências; combate à violência contra crianças e adolescentes; catalogação das fichas de notificação de violência no Sistema Nacional de Atendimento Médico; perspectivas da medicina tradicional indígena,; combate à violência na venda de artesanatos das mulheres indígenas e campesinas; e estratégias de enfrentamento às crises climáticas.
De acordo com o sanitarista da Saúde Indígena da SES, Guilherme Müller, o evento reuniu muitas informações sobre o direito das mulheres e os serviços disponíveis, que têm se capacitado para acolher os indígenas e promover ações direcionadas nos equipamentos de saúde, de saúde mental e de assistência social, bem como em delegacias especializadas e na Defensoria Pública do Estado.
“O movimento de mulheres indígenas da Terra Indígena do Guarita tem cumprido um papel muito importante de encorajar outras mulheres e meninas indígenas a denunciarem violências sofridas e pedirem um basta nessa situação”, explicou Müller.
Texto: Ascom SES
Edição: Secom
Foto: Vanessa Neres/Sesai
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