O Departamento de Defesa Vegetal (DDV) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) encaminhou nesta semana para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Plano de Exclusão e Contingência ao HLB no Rio Grande do Sul. O documento concentra os procedimentos para monitoramento e medidas de contenção, visando impedir o ingresso e garantir uma rápida e eficaz resposta em caso de detecção de Candidatus Liberibacter spp. no estado, contemplando as diretrizes estabelecidas pela Portaria MAPA nº 317/2021, que estabelece o Programa Nacional de Prevenção e Controle à doença, denominada Huanglongbing (HLB).
“Foi realizado um estudo composto por matriz de risco visando a identificação de fatores críticos para a entrada e estabelecimento do patógeno, bem como medidas de contenção à disseminação no estado em caso de detecção”, destaca Ricardo Felicetti, diretor do DDV. O estudo, que está em fase de publicação, contempla extensa revisão bibliográfica e conta com o apoio de integrantes da Câmara Setorial da Citricultura do Rio Grande do Sul, dos Departamentos de Política Agrícola e Desenvolvimento Rural e de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Seapdr, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e do Mapa.
Entre as medidas adotadas, está o reforço do monitoramento em viveiros e pomares de citros, incluindo os pomares domésticos e abandonados, bem como em zonas urbanas onde há plantas cítricas e rutáceas ornamentais. No caso das rutáceas, a atenção especial será para a Murraya paniculata, mais conhecida como murta, que é a hospedeira preferencial do vetor Diaphorina citri. E também, devido aos focos de Candidatus Liberibacter sp. em Santa Catarina, é necessária a priorização na inspeção de pomares limítrofes à divisa, bem como a adoção da fiscalização de trânsito de material infectado.
O que é HLB
A doença, também conhecida como Greening, é uma das mais graves e destrutivas doenças que afetam a cultura dos citros. Causada por espécies da fitobactéria Candidatus Liberibacter spp., está presente no Brasil nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. A principal forma de dispersão natural da doença é através do seu inseto vetor, Diaphorina citri, de ocorrência no Rio Grande do Sul, e através da implantação de mudas infectadas. A doença resulta em diminuição da produtividade e longevidade dos pomares, acarretando a inviabilização da produtividade e abandono da área de cultivo.
Outras ações
Além das ações de monitoramento e inspeção, o Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura estará realizando palestras sobre as medidas preventivas nas regiões produtoras. Veja em anexo a agenda de dezembro na região do Vale do Caí.
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