Os grupos voltados ao tabagismo oferecem diversas ações ao longo do ano, e tem sido um diferencial para quem pretende parar de fumar. O paciente deve procurar uma unidade de saúde, realizar uma entrevista referente ao tema, e marcar o início do tratamento. Atualmente são mais de 20 profissionais de cada área participando das capacitações, entre enfermeiros, psicólogos e médicos.
A Coordenadora do grupo de tabagismo do município, Juliana Carvalho, explicou sobre o serviço. “É um programa com quatro encontros de grupo, se estendendo por três meses. Para participar, receber medicação, adesivo, a pessoa tem que participar dos encontros em grupo, que são quatro, sendo um por semana. Posteriormente o paciente é liberado e colocamos o serviço a disposição”.
De acordo com a Coordenadora, “no segundo encontro marcamos uma avaliação médica, e o próprio médico define se a pessoa poderá tomar a medicação e usar o adesivo. O tratamento contempla uma medicação específica para tratar a questão do tabagismo e os adesivos, que são mais comuns”.
Lidiane Rauber, 38 anos, fumou por 22 anos, e há cerca de 2 anos sua vida começou a mudar. Com vontade de deixar o cigarro, ela procurou ajuda e ingressou no grupo de tabagistas. “Nós ganhávamos em cada encontro uma cartilha explicativa, com auxílio de um profissional, médico ou psicólogo, nos orientando e tirando dúvidas. Ganhamos os adesivos que auxiliam para nos ajudar a parar de fumar, e também um ansiolítico que nos ajuda a parar fumar. Eu posso dizer que é um grupo maravilhoso, com um pessoal muito qualificado e preparado para auxiliar na unidade do CAPS”.
Os grupos de apoio à atenção básica da saúde
A Enfermeira e Coordenadora do Programa de Saúde do Homem, Evelise Bender, comentou sobre a importância dos grupos. “Os grupos são uma alternativa às práticas assistenciais individuais que proporcionam informação e conhecimento à população sobre como cuidar de sua saúde, principalmente de modo preventivo, além de estabelecer troca de experiências entre os envolvidos”.
Ainda de acordo com ela “é um processo educativo que promove conhecimento que valoriza prevenção e promoção de saúde, permitindo aos participantes maior conhecimento e autonomia para o cuidado com sua saúde. Ao focarmos em informação de maneira preventiva é possível evitar algumas doenças e proporcionar uma vida com mais saúde com mais saúde e qualidade”.
No aspecto da saúde mental o trabalho é realizado através de profissionais da área da psicologia e também médica, que exercem um papel importante no tratamento de cada caso específico.
Saúde mental em evidência
A psicóloga do CAPS II, Juliana Severgini, comentou sobre a importância do trabalho desenvolvido no local. “Trabalhar com grupo é fazer uma aposta humana, no potencial interno de cada um. Independente do conhecimento do que se trabalha no grupo, é necessário ter presente muito vivo dentro do coordenador a empatia, a clareza de que todos tem o potencial que estão se somando. E ter firmeza na direção do que se busca dentro da coletividade, com a compreensão de que cada um tem o seu tempo de produção. O efeito psíquico que um grupo bem conduzido produz tem efeito em todas as direções da vida”.
A jovem Ingrid Casanova, 28 anos, realiza acompanhamento psicológico desde os 11 anos. Ao longo dos anos conviveu com depressão, transtorno de ansiedade e alimentar, causando anorexia. Foi após esses episódios que resolveu buscar auxílio no CAPS ainda em 2005. “Mesmo na época não sendo uma rede específica para tratamento dos transtornos alimentares, toda a equipe se esforçou para que hoje eu alcançasse a recuperação. Foram muitas as questões que tive que lidar, para hoje poder trabalhar, e viver mais tranquila”.
Ela ainda reforça o agradecimento a Secretaria da Saúde pelo empenho as redes de tratamento. “Vivemos em uma sociedade onde as pessoas estão cada vez mais abaladas com suas questões psicológicas, e poder contar com a ajuda é essencial. Ter essa oportunidade de rede com certeza ajudou muitas pessoas a se recuperarem de seus traumas. Às vezes basta alguém acreditar para que o processo de melhora aconteça, pois para quem tem problemas, parece que a desistência é a melhor opção”.
Hoje, mesmo tendo superado diversos obstáculos, segue realizando acompanhamento psiquiátrico e em grupos de terapia no CAPS, onde realiza atividades em grupos, recebendo auxílio dos profissionais do local.
A Comunidade terapêutica
Um dos locais em que tem sido um porto seguro para quem busca se reabilitar na vida é a Comunidade Terapêutica Rural. Foi neste local que Ricardo Hansen, 50 anos, começou a preencher um novo capítulo da sua vida. Após anos vivendo na condição de dependente químico, em dezembro de 2020 iniciou o tratamento que mudaria sua vida. “Em 6 de dezembro de 2020 fui ao CAPS, conversei com uma pessoa que me indicou a comunidade terapêutica do município. Foi então que dias depois iniciei um tratamento de 6 meses. Lá Existe um cronograma de trabalho, disciplina e espiritualidade, reuniões. Hoje posso dizer que deu certo devido ao esforço da minha parte em querer uma mudança de vida”.
Após o término do tratamento, e através de novos hábitos mudar seu estilo de vida, Hansen recebeu a oportunidade de trabalhar no local. Hoje, ele é um dos monitores da unidade. “Eu terminei o meu tratamento, corri atrás de meus documentos e no dia 10 de junho de 2021 iniciei o meu trabalho lá, onde estou até os dias de hoje. E hoje eu posso dizer que quem quer, e está numa situação difícil, usando álcool e outras drogas, esse é o caminho. É o lugar que devolve a possibilidade do ser humano voltar a viver, e é o que aconteceu comigo”.
Emocionado, Hansen se diz grato por, em menos de um ano, ter mudado sua vida através do tratamento. “Eu me sinto grato pelo respaldo da comunidade terapêutica, da Secretaria da Saúde e equipe de monitores, que desenvolvem um trabalho magnífico, dando todo o suporte necessário. Hoje eu me sinto abençoado porque aceitei a oportunidade de ir para esse lugar, que me devolveu a vida”.
A secretária da Saúde, Tatiane Misturini Fiorio destacou sobre o trabalho em prol dos grupos de apoio à saúde. “A importância é a prevenção em saúde, que é muito mais eficaz do que tratar um paciente mais agravado. No caso do paciente diabético todos os trabalhos que são feitos com esses pacientes na prevenção e controle do diabético é muito mais efetivo e barato do que se o paciente agravar ou ter alguma complicação em função da doença. O objetivo principal é a prevenção, controle, monitoramento dos pacientes para que tenham uma qualidade de vida muito melhor com o trabalho desses grupos”.
Onde buscar ajuda
Quem deseja auxílio deve procurar sua unidade de referência para avaliação médica e, então, será encaminhado para a psicologia.
Unidade de Saúde distribuídas territorialmente no município;
Centros de Atenção Psicossocial – CAPS II, CAPS AD e CAPSi
UPA24h (exclusivamente para situações de emergência e risco)
Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura
Foto: Divulgação ASCOMBG
(RM)
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