O Rio Grande do Sul é o terceiro estado da federação que mais criou vagas de trabalho formal em março: 12.667. É o melhor resultado registrado para o período desde 2014, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na última sexta-feira (20), pelo Ministério do Trabalho.
A Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) é a instituição executora das políticas públicas de trabalho, emprego e desenvolvimento social do RS. Vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos (SDSTJDH), atua com ênfase nas áreas de geração de emprego e renda.
A intermediação de mão de obra é o principal serviço oferecido pela instituição, gratuitamente, tanto para trabalhadores, quanto para empregadores. A fundação conta com uma rede de atendimento de 140 unidades distribuídas em 137 municípios gaúchos. Em 2017, foram contabilizados 1.443.638 atendimentos prestados aos trabalhadores.
Melhorar a vida
De acordo com o diretor-presidente da FGTAS, Rogério Grade, a fundação desempenha importante papel ao promover a empregabilidade no estado, de modo a favorecer o avanço da economia e a promoção da qualidade de vida dos gaúchos. A fundação cadastrou 2.240.843 trabalhadores, de 2011 a 2017. O contingente é formado por 1.216.038 homens e 1.024.805 mulheres.
A instituição dispõe do maior banco de trabalhadores do estado. As unidades operacionalizam sistema do Ministério do Trabalho para cadastrar os trabalhadores atendidos nas áreas de intermediação de mão de obra e de seguro-desemprego. Ao solicitar o benefício por demissão sem justa causa, o trabalhador desempregado é cadastrado para recolocação no mercado de trabalho. O benefício é concedido somente nos casos em que não há vagas compatíveis com o perfil profissional do solicitante.
Perfil dos cadastrados
Em 2017, foram efetuados 203.447 novos cadastrados de trabalhadores. Desse total, 71,6% se autodeclaravam de raça branca; 7,8%, pardos e 5,58%, negros. No período, a procura por emprego nas Agências FGTAS/Sine foi maior entre os jovens: 35,57% dos novos cadastrados tinham entre 18 e 24 anos. Em 2011, esse público representava 16,98% do contingente.
Em seguida, aparecem trabalhadores com idades entre 30 e 39 anos (21,65%), 40 a 49 anos (15,57%), 25 a 29 anos (12%) e 50 a 64 anos (10,3%), em 2017. Já em 2011, a procura por emprego era maior entre os mais velhos. Dos 367.594 novos cadastrados, 32% tinham entre 30 e 39 anos; 20,5%, 25 a 29 anos; 18,8%, de 40 a 49 anos; 16,9%, de 18 a 24 anos e 10,78%, de 50 a 64 anos.
Com relação ao papel que desempenhavam na família em 2017, 62% dos cadastrados compunham a renda; 29,8% eram chefes de família e 7,2%, dependentes. A renda familiar de 11,95% dos trabalhadores variava de R$ 937 a R$ 1.405,50. Já a renda de 8,5% dos cadastrados variava de R$ 1.405,50 a R$ 1.874 e de 8,4%, de R$ 1.874 a R$ 2.811. Apenas 4,8% dos trabalhadores possuíam renda familiar de R$ 2.811 a R$ 3.748 e 1,6%, de R$ 3.748 a R$ 6.559.
No que tange ao estado civil, entre 2011 e 2017, diminuiu o número de trabalhadores cadastrados que se autodeclaravam casados e aumentou o contingente de solteiros. Em 2011, os solteiros representavam 59,9%; os casados, 25,5%; e os trabalhadores em união estável, 8,8%. Em 2017, os solteiros passaram a representar 71,6% do contingente; casados, 18,3%; e em união estável, 4,9%.
No que tange à escolaridade, no ano passado, 39,5% dos cadastrados possuíam Ensino Médio completo; 12,9%, Ensino Fundamental completo e 7,2%, Ensino Superior completo. Em 2011, o contingente com Ensino Médio completo representava 37,5%; com Ensino Fundamental completo, 15,5%; e Ensino Superior completo, 5,27%.
Fonte: FGTAS
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