Promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), a 18ª Semana Nacional de Museus, realizada pela equipe do Museu do Imigrante, ocorre de 18 a 24 de maio e abrange atividades culturais e patrimoniais que serão lançadas nas redes sociais da instituição. E a primeira é Roteiros Culturais Virtuais que ocorre nesta segunda-feira, 18, às 14h, no Instagram e Facebook: @museudoimigrantebg
Idealizado pela arquiteta e urbanista da Secretaria Municipal de Cultura, Cristiane Bertoco, os Roteiros Culturais Virtuais contemplam os locais das casas históricas de Bento Gonçalves que fazem ou farão parte do inventário municipal. E a primeira localidade a ser abordada é a Linha Eulália Baixa.
Bertoco destaca que o principal referencial utilizado nesse primeiro roteiro, é o livro “Arquitetura da imigração italiana no Rio Grande do Sul”, do Júlio Posenato. De acordo com o autor, as características são o emprego de trabalho humano livre (geralmente autoconstrução), diversidade de soluções, linguagem arquitetônica própria e uso de materiais existentes no entorno, geralmente pedra, madeira, tijolos feitos artesanalmente.
Com base em estudos em literatura sobre o tema, Bertoco ressalta que “o acabamento dos materiais variam conforme a época e o nível de industrialização existente. Por meio das características arquitetônicas e dos materiais é que é possível estimar a época da construção. No período primitivo, trabalhavam com pedras na sua forma natural ou lascadas, madeira rachada. As construções eram menores e muitas vezes viraram paióis ou depósitos posteriormente e a cozinha era separada do corpo principal, para evitar incêndios. No apogeu estão as construções maiores, com até 4 pavimentos, representando uma época de fartura e autossuficiência, representando a autoafirmação do colono e o seu fascínio pela terra e pelo trabalho. Possuíam expressão austera e linguagem decorativa com ornamentação singela. E no período tardio já havia industrialização, então as construções diminuíram de tamanho e começam a ter vidros, pedras talhadas e madeiras de serrarias”.
Ainda, as igrejas e arquitetura religiosa seguem uma linguagem um pouco diferente, variando da manifestação espontânea, inspiração clássica, neogótico e moderno, de acordo com a época.
O projeto de visitas virtuais é construído com o arquivo fotográfico e geográfico elaborado nos trabalhos de atualização do Inventário do Patrimônio Cultural até o momento. O arquivo possui mais de 8.000 fotografias digitais, realizadas em vistorias entre os anos de 2013 e 2019, para o Diagnóstico do Patrimônio Cultural de Bento Gonçalves, onde foram visitadas edificações integrantes do inventário e seu entorno, os quais foram mapeados no software livre Google Earth.
Ainda, o projeto propõe inserir imagens e mapas digitais desses levantamentos em mapa colaborativo do Google Maps, que possa estar disponível para as pessoas interagirem, através de comentários ou contando suas histórias e, eventualmente, contribuindo com fotografias de sua autoria ou suas fotos de família. O objetivo é publicar um roteiro por semana ou quinzenalmente, próximo ao final de semana, como uma opção de cultura e lazer ligada ao patrimônio cultural.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social
Fotos/Artes: Divulgação/Fundação Casa das Artes/Museu do Imigrante
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