O Rio Grande do Sul foi o estado com o maior número de empregos formais criados em março, apontam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados nesta quinta (20). No mês, o saldo positivo foi de 5.236 postos de trabalho. Em fevereiro, o estado ocupava a terceira posição no ranking.
As áreas com melhor desempenho foram a indústria de transformação, com 5.214 vagas criadas, seguida do comércio, com 1.454 novos postos de trabalho, e Administração Pública, com 150 novas vagas. O desempenho do estado mostra uma clara tendência de recuperação da atividade econômica.
Rio Grande do Sul – Comportamento do emprego segundo Setores de Atividade Econômica
Setores de Atividade Econômica | Saldo de Março de 2017 | |
Variação Absoluta | Variação Relativa (%) | |
Extrativa Mineral | -14 | -0,23 |
Indústria de Transformação | 5.214 | 0,78 |
Serviços Industriais de Utilidade Pública – SIUP | -103 | -0,41 |
Construção Civil | -522 | -0,44 |
Comércio | 1.454 | 0,24 |
Serviços | -50 | -0,01 |
Administração Pública | 150 | 0,27 |
Agropecuária | -893 | -0,93 |
Total | 5.236 | 0,21 |
Fonte: Caged, Lei 4.923/65 |
“O governo segue trabalhando firmemente com o propósito de colocar o país nos trilhos para que cresça e dê oportunidades de emprego e renda para os seus trabalhadores e trabalhadoras. Tenho a convicção de que o objetivo será alcançado com o esforço de todos: governo, empresários e trabalhadores”, afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
Nas cidades com mais de 30 mil habitantes, os destaques foram Santa Cruz do Sul, que teve um saldo positivo de 2.920 vagas de emprego, e Venâncio Aires, com 1.099.
DADOS NACIONAIS
O número de empregos formais no Brasil teve saldo negativo de 63.624 vagas em março. Apesar da queda, a redução no mesmo mês do ano passado foi quase dobro, quando registrou retração de 118 mil postos de trabalho. No mês passado, o resultado havia sido positivo em 35.612 vagas formais de emprego.
Março apresentou uma variação negativa de -0,17% em relação ao estoque do mês anterior. Foram registradas 1.261.332 admissões contra 1.324.956 desligamentos. No acumulado do ano, a queda foi de 64.378 postos de trabalho, equivalente a -0,17%, em relação ao estoque de dezembro de 2016, e, nos últimos 12 meses, houve a redução de 1.090.429 postos de trabalho, correspondendo a uma retração de -2,77% no total de empregados com carteira assinada do país.
“Os dados de março do Caged mostram que fatores sazonais e conjunturais influenciaram negativamente o mercado de trabalho. O governo esperava uma trajetória ascendente, positiva, no número de vagas formais de trabalho, em razão do bom desempenho verificado em fevereiro, mas os resultados gerais foram negativos. Se não foi possível aumentar o número de postos de trabalho no mês, pelo menos indicadores apontam uma diminuição significativa no ritmo de redução do emprego”, explica o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
O comércio foi o setor que mais apresentou retração, com -33.909 postos, seguido do setor de Serviços (-17.086 postos), Construção Civil (-9.059 postos), Indústria de Transformação (-3.499 postos) e Agricultura (-3.471 postos). Apesar das quedas, a Administração Pública apresentou desempenho positivo (+4.574 postos), com expressiva participação do estado de São Paulo (+2.756).
Tradicionalmente, os resultados de março sofrem forte influência de fatores sazonais negativos. Um exemplo é o comércio varejista, que se apresenta negativo no mês de março, mesmo em anos de forte crescimento econômico. A indústria de alimentos, a construção civil e os serviços de alojamento e alimentação também sofrem uma sazonalidade negativa marcante, pelas características dessas atividades.
Apesar da redução geral, alguns estados registraram bom desempenho. O maior saldo positivo de março foi apresentado pelo estado do Rio Grande do Sul (+5.236 postos), puxado pelos setores da Indústria de Transformação (+5.214 postos) e do Comércio (+1.454 postos), seguido de Goiás (+4.304 postos), devido à expansão do setor da Agropecuária (+2.449 postos).
Fonte: Ministério do Trabalho
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