RGE e RGE Sul dão dicas de segurança para se proteger durante as tempestades de verão

O período que antecede o verão é tradicionalmente marcado por tempestades acompanhadas de fortes ventos e descargas atmosféricas. Isso exige cuidados redobrados com as instalações elétricas das residências, estabelecimentos comerciais e industriais, além da rede elétrica das distribuidoras de energia. Por esses motivos, a RGE e a RGE Sul, empresas do Grupo CPFL Energia no Rio Grande do Sul, elencam algumas dicas de segurança para os dias adversidades climáticas.

Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul com frequência nesta época do ano, formados por sistemas de baixa pressão provenientes dos países do Mercosul, como os que devastaram cidades e causaram danos de grandes proporções na rede de distribuição das duas concessionárias em 1º e 18 de outubro passado, comumente apresentam ventos com velocidade superior a 120 km/h, expressivo volume pluviométrico, alta densidade de descargas atmosféricas e ainda granizo. Essa combinação de eventos naturais provoca o rompimento de cabos, derruba postes de concreto e danifica estruturas de transmissão de energia. Durante os temporais e logo após severidades climáticas com danos à rede ninguém deve tocar em qualquer fio que esteja solto na rua, pois não se sabe se ele está energizado.

Mesmo contando com redes inteligentes e sistemas de proteção, em alguns casos, pode haver riscos à população dependendo do tipo de dano. O ideal, inclusive, é ficar longe dos locais onde há cabos no solo e informar a RGE/RGE Sul e/ou a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros para que o local seja isolado e a rede possa ser reconstruída para o reestabelecimento do fornecimento de energia.

Durante os temporais é necessário que, entre outras medidas, se fique longe também de janelas e portas metálicas para evitar choques a partir de descargas atmosféricas. Eles também são grandes causadores de queima de aparelhos elétricos e retirar os equipamentos da tomada evitará possíveis danos. Além disso, recomenda-se que não se use o celular durante o período de maior incidência dos raios, pois a rede de dados também pode ser caminho para uma descarga atmosférica.

Dependendo do volume de chuva das tempestades, algumas áreas também podem sofrer com as inundações. É preciso cuidado com o nível da água. Os disjuntores da residência deverão ser desligados se a água atingir a altura das tomadas mais baixas. Isso evita que a corrente de energia passe pela água. Também a energia da residência deve ser desligada como um todo, pela RGE, se a água atingir a caixa do medidor de luz.

“Durante os temporais, o importante é que a população se previna. Mesmo contando com sistema de proteção em nossas redes que desarmam o sistema ou mesmo redes inteligentes, existem pontos que podem ficar vulneráveis devido à gravidade dos danos causados pelos ventos e raios. O importante é que a população não faça intervenções e avise as empresas o mais rápido possível para que o defeito seja isolado e o risco erradicado”, informa Rodrigo Bertani, Gerente de Operações do Sistema da RGE e a RGE Sul.

As duas concessionárias, que juntas distribuem energia a 373 municípios gaúchos, têm contingentes de funcionários prontos para atender aos chamados emergenciais principalmente nesta época do ano. Durante o chamado “Plano Verão”, ficam em alerta diversos setores das duas empresas, entre eles as equipes de técnicos e eletricistas que, com apoio das demais áreas, trabalham para o restabelecimento da energia elétrica nos pontos atingidos pelos temporais. Esta ação das concessionárias, somada aos cuidados que cada um pode ter em casa, trarão uma maior segurança a todos.

Para ter segurança durante os temporais, evitando principalmente os raios, a RGE e a RGE Sul dão algumas dicas:

• Nunca use aparelhos elétricos e eletrodomésticos durante as tempestades elétricas ou em locais com água ou umidade, nem com as mãos ou os pés molhados. Cobri-los não gera qualquer efeito de proteção;

• Não mude a chave (verão/inverno – fria/morna/quente) do seu chuveiro se ele estiver ligado e principalmente nos dias em que estiverem ocorrendo descargas atmosféricas. Se tomar choque ao ligar torneiras e chuveiros elétricos, isso indica que existe um problema de aterramento (fio de terra) na instalação;

• Não mexa no interior dos televisores e opte por mantê-los desligados durante as tempestades. Equipamentos eletrônicos sensíveis, como microcomputadores, precisam de proteção especial contra descargas elétricas;

• Evite falar ao telefone, pois uma descarga atmosférica também pode entrar pela rede de dados;

• Fique longe de objetos isolados, como árvores e postes de luz. Procure uma casa de alvenaria e fique longe de janelas e portas metálicas, especialmente durante a incidência das descargas atmosféricas;

• Os veículos também se constituem num dos melhores abrigos contra os raios, não pelos pneus, mas pela proteção proporcionada por um fenômeno conhecido como Gaiola de Faraday que, em resumo, significa que dentro de uma gaiola a eletricidade não penetra;

• Se você estiver caminhando com uma mochila com uma armação de metal, retire-a assim que detectar um raio. Certifique-se de deixá-la pelo menos 100 metros de onde quer que você esteja se abrigando;

• Se não há abrigo por perto, o melhor é agachar, colocar a cabeça entre as pernas e abraçar os joelhos. Fique com os pés, juntos, em contato com o chão;

• Se você for pego em uma tempestade de raios com um grupo de pessoas, mantenha uma distância de, pelo menos, 50 a 100 metros entre cada pessoa;

• Mova-se para uma elevação mais baixa, pois raios são muito mais propensos a atingir objetos em altitudes mais elevadas. Faça o máximo para ficar no nível mais baixo possível e evite grandes espaços abertos, onde você é mais alto do que qualquer outra coisa ao seu redor, como um campo de golfe ou campo de futebol;

• Não realize trabalhos externos, especialmente em locais elevados ou no alto de prédios (como instalar ou acertar antenas, calhas etc.), durante um temporal;

• Em zonas rurais, as cercas longas devem ser seccionadas e aterradas (de 100 em 100 metros, por exemplo) para se evitar criar um caminho contínuo para os raios, que pode levar destruição ao longo dessa cerca;

• Se durante um temporal ocorrer de algum cabo do sistema elétrico se romper (por queda de galhos de árvores ou raios, por exemplo), não toque nem chegue perto do local. Se o mesmo vier cair sobre um carro, a pessoa não deve tentar sair de dentro e ninguém deve se aproximar do veículo, pra tentar prestar socorro. Isole a área e acione imediatamente a empresa distribuidora de energia responsável.

As características de um temporal

A formação dos temporais é distinta das chuvas normais. Segundo dados do ELAT, o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), uma nuvem de tempestade contém cerca de meio milhão de tonelada de gotículas de água e partículas de gelo. Geralmente, em torno de 20% dessas gotículas e partículas acabam sendo sentidas em forma de chuva. Os outros 80% evaporam ou viram nuvens que ficam na atmosfera.

Para a formação das nuvens de tempestade, três componentes são essenciais: umidade do ar alta, grau de instabilidade vertical da atmosfera (a variação da temperatura com a altura) e os chamados mecanismos dinâmicos (as frentes, brisas marítimas, ventos, que acabam empurrando o ar para cima). Essas nuvens, que acabam ocasionando os temporais, são muito maiores que as simples nuvens de chuva. Elas têm uma grande extensão vertical e possuem gotículas de água super-resfriadas e partículas de gelo, além de terem fortes correntes verticais de ar.
Fonte: RGE

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