O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), que mede o nível de atividade do setor no Estado, caiu 0,3% em outubro em relação a setembro, feito o ajuste sazonal. O resultado, divulgado nesta terça-feira (12) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), deve-se à influência provocada pela redução de 2,1% nas compras industriais, embora todos os demais componentes do IDI-RS tenham se mantido positivos: faturamento real (2,7%) voltou a crescer, o mesmo ocorrendo com as horas trabalhadas (1%), enquanto a utilização da capacidade instalada-UCI (0,1 p.p.) ficou estável em 79,4%. “A recuperação da indústria gaúcha prossegue de forma lenta e gradual, o que é condizente com oscilações mensais.
Essa evolução será determinada pelo ciclo de crescimento da economia brasileira, que ainda está se iniciando”, afirma o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry. A pesquisa revela também melhora no mercado de trabalho: altas de 0,3% no emprego e de 0,4% na massa salarial real.
Nas comparações anuais, porém, a atividade industrial gaúcha segue a revelar recuperação.
Sobre o mesmo mês de 2016, o IDI-RS cresceu pela quarta vez consecutiva, 4,6%, a maior taxa do ano. “O cenário brasileiro ainda impõe muitas dificuldades para o industrial, que encontra demanda deprimida, incerteza política e ociosidade elevada. Esses fatos impedem uma trajetória de crescimento mais consistente, que só deve vir com avanços na situação fiscal e na agenda de reformas estruturais”, ressalta Petry.
Faturamento real (3,8%) foi o indicador do IDI-RS que mais pesou no desempenho da atividade industrial ao longo de 2017. Também contaram com contribuições positivas no ano a massa salarial real (1,9%) e a UCI (0,8 p.p.). Por outro lado, as retrações persistem, mas se mostram cada vez menos intensas, nas horas trabalhadas na produção (-1,7%), no nível de emprego (-1,2%) e nas compras industriais (-1,2%).
O levantamento da FIERGS de outubro constata que dos 17 setores analisados, nove apresentam expansão da atividade industrial em 2017, em comparação aos primeiros 10 meses de 2016. Os que mais impactam são o de Tabaco (18,5%), o de Produtos de metal (5,7%) e o de Máquinas e equipamentos (2,2%). Na contramão, com contribuições negativas, as três principais influências foram de Alimentos (-2,4%), Couros e calçados (-1,5%) e Móveis (-1,3%).
VARIAÇÃO FRENTE AO MÊS ANTERIOR
IDI-RS: -0,3%
Faturamento: 2,7%
Horas trabalhadas na produção: 1%
Pessoal ocupado: 0,3%
Massa salarial real: 0,4%
UCI (grau médio): 79,7%
UCI: 0,1 p.p.
Compras industriais: -2,1%
Fonte: Fiergs
Foto: Reprodução
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