Reajuste do salário mínimo regional é avaliado de diferentes maneiras por entidades

A aprovação do aumento de 6,48% no salário mínimo regional pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul gera divergências de opiniões em categorias representativas da sociedade. Entidades contrárias ao reajuste temem demissões no mercado de trabalho e consideram o impacto negativo em um período de negociação salarial com um percentual menor. Já a União Geral dos Trabalhadores (UGT) sente-se frustrada, pois esperava um acréscimo maior no valor do salário.

O pagamento será retroativo à data-base de 1º de fevereiro. Os novos valores ficam entre R$ 1.175,15 e R$ 1.489,24. O Sindicato do Comércio Varejista de Bento Gonçalves (Sindilojas) acredita que um aumento real não é interessante para a economia local, podendo impactar em demissões.

“Nós entendemos que as demissões já estão em uma escala muito grande. Ninguém está conseguindo repassar aumento em suas mercadorias. Todo mundo tem que negociar muito para poder vender e um aumento desses vai gerar impactos financeiro no caixa de todas as empresas”, acredita, Amadio. De acordo com ele, a compreensão é que ser repassada a inflação, neste momento, seria necessário e o suficiente.

Já União Geral dos Trabalhadores (UGT) recebeu com frustração a porcentagem de reajuste do salário mínimo regional. Isso porque, a entidade, aguardava um reajuste maior, de pouco mais de 8%. É o que afirma o presidente em exercício, Norton Jubelli. Ao mesmo tempo que a categoria compreende a importância do reajuste do salário mínimo regional como indutor do desenvolvimento e distribuição de renda, também era aguardado um valor maior para a reposição de perdas do ano passado.

Jubelli acredita que o primeiro impacto a ser sentido é no setor do comércio. “É um trabalhador que vai utilizar seu salário para bens imediatos, alimentação, vestuário, material escolar para seus filhos. Isso, automaticamente, gera um aquecimento na economia do nosso estado, dos nossos municípios”, afirma. Os novos valores passarão a valer a partir da sanção do governador José Ivo Sartori.

Foto: Vinicius Reis/Agência ALRS

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