Queda do consumo nacional de agregados preocupa entidades representativas da mineração gaúcha

A mineração de agregados é algo que interessa a toda população, uma vez que impacta na melhoria da qualidade de vida, promove o desenvolvimento econômico e incentiva as melhores práticas de preservação ambiental. Diante disso, as projeções que a Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção – ANEPAC, apresenta para o setor até 2019 servem como subsídios para impulsionar a discussão oportunidades e entraves para o segmento.

O presidente do Sindicato da Indústria da Mineração de Brita, Areia e Saibro do Rio Grande do Sul – Sindibritas e da Associação Gaúcha dos Produtores de Brita, Areia e Saibro – Agabritas, Pedro Antônio Reginato, destaca que o consumo nacional de agregados caiu de 741 milhões de toneladas em 2014 para 416 milhões de toneladas em 2016, de acordo com dados da ANEPAC. Enquanto isso, nos Estados Unidos e na Europa o consumo está crescendo, o que demonstra a grande demanda reprimida existente no Brasil.

– O setor empresarial de agregados precisa adotar uma mudança de comportamento, que o faça ter maior representatividade junto aos governantes, a fim de viabilizar a liberação desta demanda – ressalta Pedro Antônio Reginato.

O estudo promovido pela ANEPAC preocupa as entidades representativas da mineração gaúcha, já que após experimentar um crescimento médio de 6,2% ao ano, no período de 2000 a 2014, o setor de agregados teve, nos últimos dois anos, uma queda acentuada de mais de 30%. Para 2017 estima-se que o consumo nacional deve manter-se no mesmo nível do ano passado, ficando para 2018 a perspectiva de crescimento em torno de 3%, e para 2019, 7%, atingindo, 543 milhões de toneladas.

– Temos uma longa jornada pela frente para resgatar a força do setor. Acreditamos que os próximos anos serão melhores, pois é possível observar que haverá um crescimento da demanda de matérias-primas para a construção. No Rio Grande do Sul, não poupamos esforços para viabilizar este processo, gestionando políticas públicas que viabilizem o desenvolvimento econômico e social do estado por meio do incremento da mineração de agregados – enfatiza Pedro Reginato.

O estudo realizado pela ANEPAC demonstra que a retomada do crescimento do setor passa por ações como o foco em estratégias, principalmente comercial; a consolidação de mercados; a automação de plantas; a expansão dos processos produtivos, com oferta diversificada e customizada de produtos; gestão da produção, governança corporativa consolidada e sustentabilidade ampliada, entre outras.

Fonte: Play Press

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