O Projeto Pacientes Parceiros, que ocorre no Instituto do Câncer do Hospital Tacchini, está completando seu segundo ano de atuação impactando mais de 3,6 mil pacientes. Inédito no Brasil, o programa tem o objetivo de facilitar o compartilhamento de experiências entre pacientes que estão enfrentando o tratamento contra o câncer, oferecendo uma perspectiva realística de alguém que já passou ou está passando pelos mesmos desafios.
A iniciativa foi inspirada em experiências de sucesso em alguns hospitais da Europa, como o Hospital da Universidade de Genebra (HUG), e do Canadá, como o Hospital da Faculdade de Medicina de Montreal. No Hospital Tacchini, a gestão do projeto está a cargo da diretora técnica, Dra. Nicole Golin, e a coordenação é feita por Adriana Navarini Guedes, que também comanda o Núcleo de Experiência do Paciente.
Como funciona o Pacientes Parceiros
Na prática, o programa é estruturado a partir da organização de encontros que envolvem a presença de um integrante da equipe multiprofissional do hospital (capacitado pela consultoria internacional); de pacientes que estão nas fases iniciais do tratamento contra o câncer; e de um paciente parceiro, que já completou ou está em fase final do processo de cura, que vai compartilhar suas experiências com os demais.
Os encontros duram cerca de 1h30 e são realizados no Instituto do Câncer, durante as sessões de quimioterapia. Nas reuniões, os pacientes parceiros falam sobre sua visão a respeito da doença, do tratamento e dos desafios físicos e emocionais impostos pelo enfrentamento do câncer.
O modelo das reuniões, que são mediados pelo integrante da equipe multiprofissional do hospital, é aberto. Ou seja, ele permite que todos os pacientes compartilhem relatos e tirem suas dúvidas com quem já viveu o mesmo estágio do tratamento. Cada integrante também tem liberdade de participar apenas como ouvinte. Aqueles que optam por não participar podem realizar o tratamento em outro ambiente.
Atualmente, o Tacchini conta com 5 pacientes parceiros. Cada um realiza reuniões semanais com diferentes grupos. Ou seja: o projeto tem reuniões todos os dias, de segunda a sexta-feira, impactando cerca de 15 pacientes por encontro. Em 2024, mais de 200 sessões do projeto foram realizadas no Instituto do Câncer do Hospital Tacchini.
“Nas reuniões, os pacientes compartilham reflexões sobre vaidade, aceitação, dores, tristezas e a importância de valorizarmos pequenas vitórias diariamente. É essencial que quem está começando o tratamento perceba que outra pessoa enfrenta desafios parecidos e consegue superá-los. Relatos de alguém próximo, que já viveu a mesma experiência recentemente, têm um impacto ainda mais significativo no dia a dia da oncologia”, descreve Adriana.
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