Proposta impede que família negue o desejo do doador expresso em vida
O senador Lasier Martins (PSD-RS) apresentou projeto de lei que amplia as chances de transplantes no país, ao tornar necessária a autorização dos parentes do doador falecido para a remoção do órgão apenas se este não tiver se manifestado em vida sobre o assunto, de maneira válida e expressa.
Sob a análise da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), o PLS 453/2017 muda a Lei dos Transplantes de Órgãos (9.434/1997) para tornar a doação mais ágil. A legislação atual não deixa explícito se o consentimento familiar para a retirada de órgãos, tecidos e partes do corpo humano após a morte cerebral se faz mesmo necessária em qualquer situação.
Para cobrir essa lacuna, Lasier recorre à autonomia da vontade do titular do direito da personalidade garantido pelo artigo 14 do Código Civil, segundo o qual a manifestação do doador é suficiente, devendo ela ser respeitada sem interferências da família, desde que a disposição seja gratuita e com objetivo científico ou altruístico.
“Esse tipo de decisão envolve aspectos da individualidade da pessoa, relativamente ao que lhe é próprio, isto é, seu corpo, vivo ou morto”, explica o senador. “Minha proposta torna mais fácil a doação de órgãos e tem a capacidade de melhorar consideravelmente a qualidade de vida daqueles que, desesperadamente, necessitam de órgãos para prorrogar suas vidas com dignidade”, acrescentou.
Se aprovado pela CAS, o projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a qual cabe uma decisão terminativa, sem a necessidade prévia de confirmação pelo plenário do Senado.
Fonte: Gabinete Senador Lasier Martins
Fiéis participam da Procissão do Encontro no Centro de Bento
Próxima sessão ordinária do Legislativo será dia 22 de abril, às 10h
Inscritos no NFG têm até este domingo, dia 20, para resgatar R$ 5,9 milhões do Receita Certa