Produtores reforçam pedido de reajuste no preço da uva 2022/2023

Dos atuais R$ 1.31 kg, cadeia produtiva sugere aumento para R$ 1.61 kg, conforme Dieese

Com a aproximação do início da safra da uva 2022/2023, agricultores ainda aguardam – como tradicionalmente ocorre neste período de ano – a definição do preço mínimo da variedade isabel que será pago pela indústria.

Com base em estudos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a elevação do custo de produção novamente foi levada em conta o que colocaria o preço dos atuais R$ 1,31 kg para R$ 1,61.

Desde mão de obra, insumos, combustíveis, fertilizantes, entre outros pontos, são colocados na balança no documento apresentado pela Comissão Interestadual da Uva, que tem na coordenação o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves (STRBG), Cedenir Postal.

“Fizemos várias reuniões intermediadas pelo Consetivitis, que agrega todas as entidades do setor, e a proposta da indústria era fecharmos um acordo e não aceitamos”, disse, alegando muita disparidade.

A apresentação do estudo foi levada até a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab e os Ministérios da Agricultura e Fazenda nas últimas horas, em uma comitiva com Postal, além dos deputados federal Heitor Schuch e estadual Elton Weber.

Uma das hipóteses levantadas era de acordo para valores próximos de R$ 1,40, mas não houve consenso entre produção e indústria.

O presidente da Uvibra (União Brasileira de Vitivinicultura), Daniel Panizzi, comentou que na última safra o reajuste chegou a quase 20% além de gargalos enfrentados.

“Existe um estoque de passagem, remanescente, de mais de 300 milhões de litros. A preocupação é receber a nova safra. Pedimos compreensão para que o reajuste seja mais leve agora”, defende.

O novo preço deve ser votado até 10 dezembro pelo Conselho Monetário Nacional.

 

Fonte: Central de Jornalismo da Difusora

Foto: Facebook Deputado Elton Weber

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