Produtores propõe R$ 0,98 na uva, indústria discorda e setor buscará consenso

As primeiras reuniões entre os setores da indústria e produção, para discussão do preço mínimo da uva para safra 2016/2017 já começaram. Com a participação de Sindicatos de Trabalhadores Rurais, Comissão Interestadual da Uva, Fecovinho (Federação das Cooperativas Vinícolas do RS), Agavi (Associação Gaúcha de Vinicultores), Uvibra (União Brasileira de Vitivinicultura), Sindivinho (Sindicato das Indústrias Vinícolas do RS), as mediações ocorreram pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho).

No dia 5 de outubro, a Comissão Interestadual da Uva apresentou a sugestão de custo de produção, conforme o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), de R$ 0,98 para o quilo da variedade isabel. Atualmente o valor mínimo está em R$ 0,78.

Porém, diante de um cenário de aumentos de tributação, a indústria já discordou. “Os representantes colocaram que o entendimento seria de buscar um consenso, concordam com o reajuste, mas pelo menos a inflação”, disse Carlos Paviani, diretor executivo do Ibravin.

Em nova reunião dia 13 deste mês, o tema foi aprofundado, mas ainda sem uma posição do setor como um todo. Já está marcada para o dia 21, uma terceira tentativa de acordo entre indústria e produção.

Considerando uma reposição da inflação, o mínimo da uva poderia aumentar até R$ 0,08 a R$ 0,09. “Eles ainda estão conversando para tentar chegar em uma proposta”, acrescentou Paviani.

Hoje o preço mínimo está em R$ 0,78 na variedade Isabel com 15 graus babo (a quantidade de açúcar a cada 100 gramas de mosto). A expectativa para a próxima safra é de 500 a 600 milhões de quilos de uva produzidos.

Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora

Foto: Gustavo Bottega

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