A instabilidade continua rondando o setor moveleiro. Após resultados irregulares em janeiro e fevereiro e de uma leve melhora em março, a indústria sofre novamente com os resultados negativos obtidos em abril.
Segundo dados divulgados pelo relatório do IEMI – Inteligência de Mercado, os sinais de melhora apresentados anteriormente não se repetiram, refletindo a instabilidade do cenário econômico e política atual.
A produção de móveis em volumes no Brasil somou 30,5 milhões de peças, o que representou um recuo de 11,8% se comparado aos 34,9 mi de março de 2017.
No Rio Grande do Sul, o resultado também foi negativo. De 6,5 mi para 5,7 milhões, queda de 11,1%. A produção na indústria de transformação reduziu em 7,1% no mês e (-) 1,8% no ano.
O consumo aparente de móveis no Brasil diminuiu em 11,6%, chegando a 30,2 milhões. No Estado, retrocedeu de 6,2 mi em março para 5,5 milhões de peças em abril, o que reflete uma queda de 10,4%.
A participação dos móveis no Brasil não foi diferente. Os importados passaram de 2,2% para 2% e os exportados de 3,4% para 3,1%. No Rio Grande do Sul, os móveis importados representaram 0,7% do consumo interno. Já a exportação, 4,4%.
Com relação a produtividade do setor de móveis, a indústria moveleira teve queda de 3,1% e a indústria de transformação de 2,7%.
O setor de vendas do comércio varejista de móveis foi um dos poucos a manter índices positivos no mês de abril. Em volume de peças, houve alta de 3,7%, porém, queda de 12,2% nos valores das receitas em comparação a março deste ano. O Rio Grande do Sul teve crescimento de 10,5% em volume e queda de (-) 9,1% em valores, no mesmo período.
A geração de empregos teve uma queda de 0,2% para o setor de móveis e se manteve estável na indústria de transformação.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego – CAGED, foram fechadas 123 vagas de trabalho no setor em âmbito nacional, caindo para 230.681 postos. No Estado também houve queda, com o encerramento de 28 postos de trabalho, consolidando 33.306.
No Brasil, a média salarial teve leve valorização de 0,5% em abril. Já na indústria de transformação, a desvalorização foi de 1,2%.
Segundo o presidente da MOVERGS, Volnei Benini, independente dos números negativos, a expectativa é que o cenário melhore ao longo do ano. “Acreditamos na mudança através do trabalho, mesmo com a instabilidade política. As indústrias, apesar da falta de incentivo, estão fazendo a sua parte”, avalia o executivo.
Fonte: Movergs
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