Aberta ao público, roda de conversa vai ter como tema norteador o livro, lançando pelo Sistema Estadual de Museus, “Desastres naturais no RS e Museus”
Nesta segunda-feira (22), o Instituo Brasileiro de Museus iniciou oficialmente a Primavera dos Museus. A iniciativa vai de encontro de as casas de memória serem espaços geradores de reflexão, de diálogos, de ideias e de troca de experiências de temas relativos a agenda internacional e nacional. Neste ano, o assunto escolhido foi “Mudanças climáticas” sobre a crise climática que atravessa o futuro da humanidade e da natureza.
Os fatos de maio de 2024 no Rio Grande do Sul acenderam o alerta máximo. Não mais eventos climáticos que causaram tragédias pontuais. A capital e diversos municípios, inclusive Bento Gonçalves, foram afetados duramente. Nessa perspectiva, o Sistema Estadual de Museu do estado está lançando o livro “Desastres Naturais no RS e Museus” (SEM/RS), organizado por Monica Marlise Wiggers, Michele Moraes de Carvalho e Caroline Hipólito Flores, abordando sobre os impactos da crise climática e debatendo estratégias coletivas de prevenção e gestão de riscos.
A publicação, que pode ser acessada de forma online, será o assunto do bate-papo que ocorre no Ponto de Cultura e de Memória Vale dos Vinhedos, nesta quarta-feira, 24 de setembro, a partir das 19h. A atividade é gratuita e aberta ao público.
“Precisamos pensar de forma sistemática e orgânica dentro das instituições. Infelizmente, tivemos uma situação muito adversa, que poderá se repetir. É preciso de preparar, entender o que está acontecendo. A ideia é justamente trazer algumas bases para começar a entender os fenômenos naturais e como estão afetando a vida do ecossistema e da coexistência entre o ser humano e meio ambiente”, destaca a museóloga do Museu do Imigrante, Deise Formolo.
De acordo com o diagnóstico levantado no livro, o Rio Grande do Sul foi o segundo estado que teve registros de desastres naturais no Brasil e, durante o maio de 2024, 40 museus foram afetados diretamente, com 58 acervos atingidos. Exemplos como o Museu de Muçum, que ficou submerso, e de Igrejinha, que teve a estrutura parcialmente destruída pela água e perda significativa do acervo documental, mostram a necessidade de se ter metodologias e protocolos para a prevenção e ação na salvaguarda e preservação das casas de memória. Para a recuperação, foi preciso ações de emergência e voluntariado.
Ainda, para contextualizar o cenário, foi preciso mapear questões técnicas como classificação dos processos naturais desencadeadores de desastres, com a tipologia codificada em geológicos, hidrológicos, meteorológicos, climatológicos e biológicos, além de abordar questões ao risco de afetar determinado local que corresponde a esses fatores: suscetibilidade (locais naturalmente propensos como rios), perigo (ocupação por pessoas e instituições) e vulnerabilidade (capacidade de se recuperar de um desastre).
Dentro do contexto, a 2ª região museológica, a qual Bento Gonçalves pertence, é considerada altamente suscetível a enchentes e alagamentos como ocorreu em Muçum e Igrejinha pertencentes ao mesmo certame.
“Nacionalmente, o Ibram nos coloca questões que precisam ser debatidas junto a comunidade. As mudanças climáticas estão transformando o atual cenário e precisamos ter ações imediatas para a preservação das casas de memória e, por extensão, a todos nós. A atividade promovida pelo Museu do Imigrante é significativa para construirmos ações preventivas e operacionais frente as possíveis consequências dos desastres naturais ”, destaca o Secretário de Cultura, Evandro Soares.
Serviço
O que: Primavera dos Museus – Roda de conversa sobre o livro “Desastres naturais no RS e Museus”
Quando: 23 de setembro de 2025
Horário: 19h
Onde: Ponto de Cultura e de Memória Vale dos Vinhedos – Via Trento, 166 – ao lado da Capela Nossa Senhora das Neves
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