O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), embaixador Roberto Jaguaribe, reafirmou o compromisso de continuar o trabalho junto ao setor vitivinícola para alavancar as vendas e a imagem no mercado externo. Em agenda nesta semana, na última terça-feira (28), Jaguaribe visitou vinícolas em Bento Gonçalves (RS) que integram o projeto Wines of Brasil, desenvolvido desde 2003 em parceria pela Apex-Brasil e pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Mais de 97% das exportações de vinhos brasileiros são realizadas por empresas que integram a iniciativa. Atualmente, 32 vinícolas compõem o Wines of Brasil. Em 2016, o crescimento registrado foi de 45% em valor, com a comercialização de US$ 5,9 milhões, e no volume, de 43%, com 2,2 milhões de litros, assim como no preço médio do litro, que passou de US$ 2,57 para US$ 2,61.
Para o presidente Jaguaribe, os números demonstram que setor tem potencial para continuar crescendo, mas é preciso focar em estratégias em países como a China, com grande mercado a ser explorado. Ele também valorizou o espumante e o suco de uva como produtos que podem balizar a entrada em países consumidores e servir como um referencial de imagem da produção nacional. “A consolidação do espumante brasileiro entre os melhores pode refletir no vinho e abrir portas. Para isso é importante nos desenvolvermos coletivamente, em parceria com as vinícolas do Wines of Brasil, para que cada empresa consiga desenvolver sua estratégia também de forma individual”, resumiu.
Jaguaribe desafiou as empresas a aumentarem o volume de exportação, em especial nos países-alvo do projeto. “Precisamos ampliar a nossa capacidade para termos uma presença mais efetiva e focada no mercado externo. Essa consolidação leva alguns anos, mas podemos ter como exemplo as exportações de café, que após 15 anos acabaram se fortalecendo e se expandindo para todos os continentes”, disse.
Na primeira visita, na Miolo Wine Group, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, o gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini, apresentou as ações que estão programadas para 2017, com ênfase na participação em feiras e eventos nos países-alvo (Reino Unido, China e Estados Unidos), a divulgação junto a formadores de opinião e a continuidade do Projeto Primeira Exportação (PPE). Bertolini concorda com Jaguaribe que o espumante brasileiro reúne características e tipicidade necessárias para ser o cartão de visitas das exportações.
O diretor de Relações Institucionais, Carlos Paviani, lembrou que o resultado das exportações não deve ser medido apenas pelo volume e valor comercializado. “O ganho em imagem e na qualificação das empresas para concorrer no mercado interno também deve ser medido como resultados de uma política de exportação”, avaliou.
Após a visita e apresentação das ações da Miolo no mercado externo, o presidente foi recebido por representantes de 13 vinícolas exportadoras na empresa Tecnovin, também localizada no Vale do Vinhedos, e que tem no suco de uva o principal produto para exportação. O diretor-presidente do empreendimento, José Carlos Estefenon, relatou as dificuldades de competitividade com os produtos importados tanto no mercado interno como externo, em especial pelo alto custo de produção e pela incidência de tributos que acabam impactando no preço final. Entre os representantes de vinícolas que integram o projeto Wines of Brasil, o consenso foi o reconhecimento do trabalho desenvolvido em conjunto pela Apex-Brasil e Ibravin, que viabiliza as ações das empresas no Exterior.
Além da anfitriã, estiveram presentes integrantes das vinícolas Aurora, Casa Perini, Casa Valduga, Cave Geisse, Don Guerino, Garibaldi, Lidio Carraro, Miolo, Nova Aliança, Peterlongo, Pizzato e Salton.
Legenda: Presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe, foi recepcionado por dirigentes do Ibravin e representantes de vinícolas associadas ao projeto Wines of Brasil
Crédito: Cassiano Farina
Fonte: Ibravin
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