Presente em 496 municípios do RS, Rede Bem Cuidar completa quatro anos com investimentos de R$ 350 milhões

Lançada pelo governo Eduardo Leite em 23 de agosto de 2021, a Rede Bem Cuidar (RBC) completa neste sábado (23/8) quatro anos de existência com R$ 350 milhões investidos em 496 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul. Executado pela Secretaria da Saúde (SES), o programa visa reforçar e qualificar a atenção primária.

Cada um dos municípios que aderiram ao programa possui pelo menos uma unidade da RBC, com novos serviços e profissionais disponíveis para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 178 municípios, há duas equipes ou mais. Para o custeio de cada uma delas, o Estado repassa R$ 8,5 mil mensais. Desde a implantação, foram R$ 182,1 milhões pagos para o funcionamento da iniciativa.

Por meio do Programa Avançar Mais na Saúde, também foram investidos R$ 90,9 milhões na reforma ou na ampliação de unidades que atendem pela RBC, possibilitando estruturas mais seguras e confortáveis para o atendimento aos usuários e melhores condições de trabalho para as equipes em 347 municípios. Foram investidos ainda R$ 76,9 milhões em equipamentos odontológicos e para a saúde materno-paterno-infantil.

Atualmente, a RBC conta com 676 equipes, compostas por médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de saúde e profissionais de outras formações – como psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas, além de equipes de saúde bucal. Em cada um dos 496 municípios participantes há um responsável por gerir o programa conforme as características locais.

Foto de um consultório, de paredes claras e ambiente bem iluminado. Um mulher com uniforme de hospital está sentada na escrivaninha de cor escura, de frente para duas cadeiras vazias.
Investimento do Estado garante serviços e profissionais disponíveis para usuários do SUS – Foto: Alina Souza/Arquivo SES

Porta de entrada do SUS

A atenção básica, administrada pelos municípios, é a principal porta de entrada do SUS e das redes de atenção à saúde, geralmente situada em local próximo às residências dos pacientes. Também ajuda a aliviar o atendimento nos hospitais e o custo para o SUS com internações e procedimentos mais complexos – oferecendo consultas, vacinas, curativos e educação em saúde, entre outros serviços.

Com apoio do Estado, os municípios obtiveram recursos para a melhoria e o fortalecimento da atenção básica. A RBC incentiva o modelo de Saúde da Família e a contratação de profissionais de outras formações, além de possuir uma equipe mínima e um gestor em cada município. Também oferece saúde bucal em suas unidades.

De 2021 a 2023, o foco do programa foi promover o envelhecimento saudável da população. No ano passado, o objetivo foi ampliado para o cuidado materno-paterno-infantil, buscando reduzir a mortalidade infantil e materna, baseado nas diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A diretora do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde (Dapps) da SES e responsável pela RBC, Marilise de Souza, explica que as equipes locais recebem formação para trabalharem focadas nos objetivos, com ganhos expressivos na qualidade do atendimento.

Foto de um consultório de paredes claras, com uma cadeira de dentista ao centro e um armário no fundo.
Com apoio do governo, municípios obtiveram recursos para melhoria e fortalecimento da atenção básica – Foto: Alina Souza/Arquivo SES

“As formações oferecidas para as equipes da Rede Bem Cuidar têm proporcionado uma qualificação imensa nos processos de trabalho da atenção primária à saúde, especialmente nas temáticas que são abordadas nos diferentes ciclos”, detalha a diretora.

Para se ter um exemplo, o número de procedimentos de avaliação multidimensional de pessoas idosas (realizada para entender as necessidades e as capacidades dessa população, considerando aspectos físicos e cognitivos e sociais, entre outros) cresceu quase 2.700% entre 2021 e 2024. As ações de pré-natal também foram reforçadas.

“Além disso, a presença de equipes multidisciplinares com profissionais das Estratégias de Saúde da Família tem potencializado muito as ações nos territórios, que garantem a escuta e a participação da comunidade”, ressalta Marilise.

Texto: Ascom SES
Edição: Secom

Fotos: Alina Souza/Arquivo SES