Globalmente tudo parou. Desde que a pandemia da COVID-19 tornou-se realidade no dia a dia de todos, muitos tiveram que cessar de trabalhar como medida de prevenção da disseminação do vírus.
E o que significa o Dia do Trabalho em tempos de Coronavírus? Sem dúvida é uma readequação a uma nova realidade, a um novo normal. No entanto, algumas profissões tomaram a frente de combate. Seja na área de saúde, de limpeza, das palavras, da fiscalização, da ação social, do trânsito, estão diariamente inseridos nesse contexto, promovendo os cuidados necessários para a sua manutenção, conscientização e salvaguarda da vida, com dedicação e coragem. Desta forma, reunimos depoimentos como forma de homenagem a todos esses profissionais.
A enfermeira Ana Paula Boldrini, que atua na UPA do Botafogo, comenta que escolheu a profissão por gostar de ajudar as pessoas e trazer conforto àqueles que precisam em um momento tão delicado. “Ao longo destes sete anos, atuando na profissão, a cada novo dia tenho mais certeza da escolha que fiz para minha vida. A maior dádiva da nossa profissão é o prazer de um sorriso, um agradecimento e a melhora na condição clínica daqueles a quem cuidamos. Frente à pandemia do Covid, indiferente ao medo, para nós profissionais da saúde, a maior conquista é a recuperação de um paciente. É para isso que trabalhamos com tanto amor, dedicação, cuidado e empatia”.
Servidor da Secretaria de Esportes e Desenvolvimento Social (SEDES), Matheus Sampaio destaca o papel das ações desenvolvidas voltadas principalmente aos mais carentes. “Eu não tive dúvida de que precisava continuar na rua, com todas as precauções, mas certo de que tinha que fazer e viver esse momento dentro do município, carregando, ensacando, distribuindo, estendendo os braços pra alcançar cada um que nos procurou. Que Deus continue me protegendo pra que possa continuar trabalhando”, enfatiza.
“Temos que continuar, né?”, brinca a gari Odila da Rosa Padilha. “Gosto muito do meu trabalho, pois a limpeza é essencial para a manutenção da cidade. Por mais que estamos num momento delicado, alguns trabalhos precisam continuar. É uma realidade nova com a qual estamos aprendendo a conviver no dia a dia”, ressalta.
Além de apoiar na fiscalização dos decretos, a Guarda Civil Municipal teve um papel importante de orientação nesse período. A agente Ana Paula Razzera Santos frisa a importância. “Fazer parte dessa história, em um momento tão crítico trás um sentimento de aprendizagem profissional e pessoal. A sensação de que fizemos um trabalho que ajudou na prevenção e assim garantiu a saúde e a vida da população é extremamente gratificante. Escolhi essa profissão pelos desafios que essa carreira me proporciona. A rotina nada monótona e o prazer de ajudar são fatores que me movem e motivam a desempenhar um bom trabalho”, reitera.
O fiscal Filipe Bertolini compartilha os obstáculos enfrentados. “Trabalhar nesse período de epidemia mundial tem sido um grande desafio. É um momento de muita pressão psicológica e desgaste físico. Sentimos muita preocupação em relação à família, colegas, amigos e sociedade. Trabalhamos muitas horas, dia, noite e às vezes madrugadas, conversando, orientando, fiscalizando e autuando. Acredito que todos estão fazendo o seu melhor para ajudar. Aprendemos a superar nossos medos, trabalhar em comunidade e pela comunidade”, pontua.
Atuando há oito anos como agente de trânsito, Jonatas Bravo evidencia o momento de aprendizado. “É um momento desafiador, tendo que se adaptar a cada dia as mudanças constantes de como lidar com algo que não estávamos preparados. Está sendo muito gratificante o trato com que a população de Bento Gonçalves teve e está tendo com quem está nessa luta, tudo isso é o combustível que me move e me mantém firme e forte para cada dia sair de casa e ter a missão de não só fazer o meu trabalho de agente de trânsito, mas sim cuidar da cidade e das pessoas, fazendo além da minha função, sendo humano e tendo o papel de educar mais que punir nesses tempos tão difíceis”, salienta.
Sabrina Dalbelo, poetisa, com dois títulos publicados, além de estar presente em antologias de contos, nos lembra sobre o impacto da data histórica na vida moderna: “ela representa a conquista dos direitos trabalhistas. Os trabalhadores diariamente executam seu ofício, sua força, sua criatividade, sua responsabilidade com a comunidade e consigo próprio. É preciso que seja uma atividade prazerosa. Para mim ser escritora me renova as energias, pois é o meu trabalho. E, hoje, estamos numa encruzilhada onde, muito por causa do Coronavírus, de como estamos repensando as relações de trabalho, suas evoluções e como isso vai impactar no amanhã”.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura
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