Prazo termina e Lula não se apresenta a Polícia Federal

O prazo para o ex-presidente Lula se apresentar na sede da Polícia Federal em Curitiba, após mandado de prisão expedido pelo juiz Sérgio Moro na quinta-feira, encerrou às 17h desta sexta-feira. Moro determinou a prisão após ter recebido ofício do TRF4 informando que todos os recuros cabíveis pela defesa estavam exauridos.

Lula está no Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo Campo, ABC Paulista junto com outras lideranças políticas. Milhares de apoiadores do ex-presidente estão no lado de fora.

Ele decidiu permanecer em seu antigo reduto, construção que se ergue à Rua João Basso, em São Bernardo do Campo. Ali comandou as greves históricas do final dos anos 1970 nas montadoras, depois criou o PT e chegou à Presidência. ‘Que venham me pegar!’, disse a aliados, em recado à Polícia Federal e ao juiz Sérgio Moro.

Mesmo orientado por advogados que o cercam, o petista se mantém irredutível. Ele não sai do sindicato!

Lula não vai porque não admite ter cometido ilícitos. Ele insiste na tese de que é inocente, reafirma que não é o dono do triplex e que não nomeou dirigentes da Petrobras que instalaram esquema de propinas e cartel na estatal.

A Polícia Federal, até agora, descarta qualquer ação no intuito de ir buscar Lula. O objetivo a todo custo é evitar confronto.

Lula foi condenado no processo do triplex por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.Na primeira instância, Moro condenou o petista a 9 anos e 6 meses de prisão em regime fechado. Na segunda instância, após análise do recurso da defesa, os desembargadores do TRF4, em janeiro deste ano, mantiveram a condenação e aumentaram a pena para 12 anos e 1 mês e orientaram que a prisão fosse cumprida após exauridos os recursos cabíveis. Em março deste ano o TRF4 negou os embargos de declaração da defesa do ex-presidente. Na madrugada de quinta-feira o STF, por 6 votos a 5, negou habeas corpus preventivo. No final do dia, Moro determinou a prisão. Durante a sexta-feira os advogados do petista ingressaram com um pedido de habeas corpus no STJ, que também foi negado.

A prisão de Lula foi decretada com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), fixado em 2016, que autorizou a execução provisória da pena de condenados pela segunda instância da Justiça.

Fonte e foto: Correio do Povo

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