Quando encaminhava-se para concorrer como reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 2016, o professor Rui Vicente Oppermann, dizia que a implantação do campus da Serra dependeria de uma melhora na economia. Seis meses depois, na manhã desta terça-feira, 10, como reitor da instituição, em visita a cidade de Bento Gonçalves onde acontecia o terceiro dia do Vestibular 2017, voltou a falar em dificuldades financeiras como entraves para o projeto.
Oppermann informou que o Governo Federal está revisando a política de expansão das Universidades Federais. “Isto significa que primeiramente o governo quer ter uma avaliação de como estão todos os campi que foram implantados no Brasil, para depois estabelecer uma política de expansão, de forma diferente de quando havia uma plenitude maior de recursos”, comentou.
O reitor falou em entrevista para Rádio Difusora que o campus Serra da UFRGS “é importante não só para a região, mas também para a Universidade, porém, desde 2014 não recebemos autorização para fazer novos investimentos. Não posso construir agora porque o Governo não permite novas obras”, completou.
Nem mesmo o local há perspectivas de definição. Em fevereiro de 2015 em Assembleia na cidade de Nova Pádua, os prefeitos da Amesne (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste) decidiram em maioria absoluta o local para instalação do campus Serra da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Trata-se de uma área no Vale dos Vinhedos, entre os bairros Borghetto e Garibaldina, entre Bento Gonçalves e Garibaldi, pertencente a Embrapa Uva e Vinho.
“A área é boa, excelente. Dentro daquilo que a gente imagina que deva ser para o nosso campus, dentro da zona agrícola dos municípios. Identificamos na época a questão do acesso, que ainda era limitado. Dissemos que teríamos que ter um acesso asfaltado e não pode ser uma rua que passa só um veículo. Enquanto discutíamos esta questão, também o governo entrou na fase recessiva e nós ficamos sem a capacidade de investimento. Tivemos outras áreas oferecidas para nós também em Bento Gonçalves, Veranópolis, Farroupilha e Caxias”, afirmou.
Questionado pela reportagem se será neste ano a definição da localização, negou. “Não sai o local em 2017. Não temos nem a decisão. Primeiro temos que ter orçamento e recursos de pessoal. Neste momento tem uma política de restrição do funcionalismo público federal e precisaria em torno de 100 técnicos, se nos garantissem isso, aí já resolveríamos a área”, disse ainda o reitor.
A Universidade não tem o interesse de polêmica quanto ao local, o que já ocorreu, com Caxias do Sul intervindo, mesmo com a sugestão apresentada pela Amesne. “Não queremos que volta a polêmica. Prefiro ter a concretude, as coisas mais objetivas para buscar o local”, mencionou.
Ele foi categórico ao afirmar que “não implantamos o campus enquanto não obtivermos a garantia do pessoal”.
Oppermann, por sua vez, eleito reitor até 2020, afirmou que a implantação do campus “é uma de nossas metas”. Ou seja, com novo adiamento e sem prazos, agora se espera que o projeto de Universidade para a Serra Gaúcha ande, se não agora, nos três anos de seu mandato.
Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora
Fotos: Vinícius Pizzetti
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