Policial Militar de Guaporé salva a vida de bebê de um ano

Mais um belo exemplo da importância dos profissionais da segurança pública, não apenas para proteger a comunidade e evitar ações criminosas, mas também para salvar vidas. Um policial militar de Guaporé, lotado na 2ª Companhia da Brigada Militar (BM), de Nova Prata – pertencente ao 3º Batalhão de Áreas Turísticas (3º Bpat) com sede em Bento Gonçalves, foi fundamental para que um bebê fosse salvo, após um episódio muito mais comum do que se imagina e que deixa todas as mães muito preocupadas. O bebê, engasgado, já apresentava sinais de asfixia, com lábios roxos, sem conseguir respirar, quando a mãe e o pai, desesperados, acionaram a Central de Operações (Telefone 190) da Brigada Militar, via chamada telefônica. Do outro lado da linha, um verdadeiro anjo de farda, o soldado Luis Fernando de Morais, orientaria a ação para que os procedimentos fossem executados de maneira eficiente, resultando em um final feliz.

O policial militar, de serviço das 18h às 6h da quinta-feira, dia 29, para a sexta-feira, dia 30 de março, não imaginava que, durante sua jornada de 12 horas no combate à criminalidade na “Capital do Basalto”, ajudaria a salvar a vida de um bebê por telefone. Por volta das 22 horas, uma jovem mãe desesperada e chorando, ligou para a BM buscando ajuda para sua filha, de apenas um ano de idade. Ela, segundo o policial, relatou que o bebê, filho único, estava engasgado e sem respirar há cerca de dois minutos. Os lábios, disse a mãe, estavam “roxinhos” e ela não sabia mais a quem recorrer para que a pequena voltasse a respirar. Calmamente, utilizando todo o treinamento em primeiros socorros obtidos durante sua passagem na academia militar, o soldado Luis Fernando orientou a mulher, que estava acompanhada do marido, para que aplicasse a manobra de Heimlich, em que usa-se as mãos para exercer forte pressão no músculo do diafragma que, pela compressão dos pulmões, induzindo uma tosse artificial, geraria movimento que expulsaria o que estivesse obstruindo a respiração.

“Recebi a ligação da mãe desesperada, nervosa e chorando muito. Ela dizia que sua filha estava desacordada e não conseguia respirar. Pedi que eles colocassem o telefone no viva voz e seguissem as orientações para que o procedimento que salvaria a vida do bebe fosse exitoso. Pedi que o pai, sentado, colocasse a criança no colo de barriga para baixo na palma de sua mão e firmasse o braço em sua perna. Posteriormente, com força moderada, desse cinco tapas nas costas do bebê para que houvesse a desobstrução das vias respiratórias (desengasgasse)”.

O policial militar afirmou que a manobra executada pelo pai, que recebia orientações por telefone, foi correta e a vida do bebê estava, em um primeiro momento, salva.

“Após o procedimento ouvi a mãe gritar que a filha havia voltado a respirar. Pedi para que colocassem o bebê novamente na posição normal e observassem se ele continuaria respirando. Eles confirmaram, após alguns segundos, que estava tudo normalizado. Mesmo sabendo que não corria mais risco de morte, solicitei que procurassem com urgência atendimento médico no Hospital São João Bosco para ver se tudo esta ‘ok’ e se nada havia sido afetado”, salientou.

O soldado, preocupado com o bebê, solicitou que a família retornasse a ligação após o atendimento na unidade de saúde.

“Duas horas depois entraram em contato e informaram que estava tudo bem. A criança ficaria em observação, mas as orientações repassadas por telefone foram fundamentais para salvar a vida da filha. Me senti aliviado por ter conseguido ajudar a família em um momento de angústia e desespero”, disse o anjo de farda.

Com 12 anos de atuação policial, o soldado Luis Fernando afirmou que a situação vivida na noite do dia 29 foi a mais especial e gratificante desde o ingresso na Brigada Militar.

“É gratificante! Comentei em casa, com minha esposa e minha filha, se nada de mais acontecesse na minha carreira policial, a vida de uma pessoa eu havia salvo. Essa foi a situação que eu mais me emocionei e que será válida para toda a minha profissão”.

Durante o telefonema, no dia do ato heroico, o soldado Luis Fernando não procurou saber quem eram os pais que buscavam ajuda para salvar a vida da filha. A maior preocupação do momento era única e exclusivamente proporcionar à eles um final feliz.

Central de Conteúdo Unidade Aurora

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