Policiais militares são absolvidos de acusação no “caso fiorino”

Após quase sete horas de julgamento os policiais militares Edegar Júnior de Oliveira Rodrigues e Neilor dos Santos Lopes, envolvidos em uma ocorrência perseguição seguida de duplo homicídio, e dupla tentativa de homicídio, no caso que ficou conhecido como “caso fiorino”, ocorrido em 16 de março de 2014, foram absolvidos das acusações, no Salão do Júri da Comarca de Bento Gonçalves, nesta quinta-feira, dia 4 de abril.

Os policiais já haviam sido absolvidos pelo crime de homicídio e com isso estão aptos a retornarem às suas atividades, mais de dez anos após o ocorrido, sem nenhum registro policial. O Júri foi composto por sete civis, sendo quatro mulheres e três homens. O advogado Adroaldo Dal Mass foi o responsável pela defesa dos réus.

O caso

Na ocasião, morreram Anderson Antônio Stiburski e Danúnio Cruz da Costa, que tinham à época 16 e 20 anos resp0ectivamente, vítimas de disparos de arma de fogo. A ocorrência se deu em meio a uma perseguição policial desde a Rua Olavo Bilac, no Cidade Alta, em Bento Gonçalves, até o final da Rua Domênico Zanetti, bairro Imigrante. Segundo informações, o condutor de uma Fiorino estava embriagado e o mesmo o veículo e levava três passageiros na volta de uma festa em São Valentim do Sul.

A perseguição policial teria se iniciado em função de uma não obediência a voz de abordagem dada pelos policiais, que iriam realizar tal abordagem em função de o condutor estar dirigindo em alta velocidade e por estar transportando passageiros de forma irregular.  Segundo o parecer do Instituto Geral de Perícias (IGP), havia resíduos de chumbo nas mãos de três dos quatro ocupantes da Fiorino. Ainda, segundo a perícia na parte interna da Fiorino, foi determinado que houve disparos de dentro do veículo a partir do revólver apreendido na ocorrência. Um confronto a tiros foi realizado e dois dos jovens morreram no local e outro conseguiu fugir com a Fiorino até a sua residência.

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