Policiais Civis definem boicote e realização de nova Operação Padrão no Estado

O UGEIRM/Sindicato (Sindicato dos Inspetores e Escrivães de Polícia do RS) aprovou em reunião realizada com seus representantes nesta terça-feira, dia 3, o boicote às Operações Policiais e a radicalização da Operação Padrão. O motivo é o parcelamento do 13º salário e o pacote de medidas do governo gaúcho que já teve aprovações, na Assembleia Legislativa.

Entre as formas de protesto está a entrega das chaves das viaturas e dos telefones funcionais, além da solicitação de avaliação do grau elevado de stress dos Agentes.

 

Durante a realização da Operação Padrão, os Policiais não concluirão procedimentos policiais, exceto Auto de Prisão em Flagrante (APF) e outras prisões determinadas pelo judiciário, em que o réu estiver preso, além de somente registrar ocorrências que não podem ser realizadas através da Delegacia Online.

Foi ainda realizada convocação extraordinária, que acontecerá provavelmente no dia 24 de janeiro, quando serão votadas as PECs que legalizam o parcelamento dos salários e do 13º.

Veja, abaixo, as principais deliberações da reunião:

Não participação de qualquer operação policial;

Intensificar, ao máximo, a Operação Padrão da Polícia Civil.

Entrega das viaturas e telefones funcionais, acompanhadas de ofício informando da realização da Operação Padrão (clique aqui e veja um modelo de Ofício).

Neste ofício constará que os agentes não participarão das seguintes atividades:

– Operações Policiais;

– Registros de ocorrências policiais (exceto fatos graves e aqueles que tenham necessidade de intervenção imediata da Polícia Civil) e

– Remessa no SPJ e ao Poder Judiciário (exceto casos com prazos, APF e que tenham réus presos).

Os policiais que estiverem participando da Operação Verão no litoral, também deverão ser convocados para integrarem a Operação Padrão. A categoria vai deliberar a melhor data para executar a entrega das viaturas e telefones;

Pressionar, já a partir da próxima semana, os deputados estaduais, em particular o PDT e o PTB, nas suas respectivas bases para votarem contra o Pacote na íntegra. Junto com a pressão diretamente nas suas cidades, encaminhar a carta da UGEIRM, exigindo a rejeição das PECs, a todos os deputados estaduais;

Paralisação dos Policiais Civis durante os dias de votação do Pacote na Assembleia Legislativa, provavelmente de 24 a 26 de janeiro;

Realização de uma grande Marcha da Segurança Pública, no início das votações do Pacote. Ato Público em frente à Secretaria de Segurança Pública, Secretaria da Fazenda e Palácio Piratini. Essa proposta vai ser posta em discussão em reuniões nas DPs do interior, região metropolitana e departamentos da capital;

Investimento em campanha de mídia, com outdoors e busdoors, denunciando o desmonte da segurança pública, o aumento da violência e o esvaziamento das polícias;

Participação nos atos contra a Reforma da Previdência, com envio de ônibus a Brasília.

O primeiro ato acontecerá, provavelmente, no dia 8 de fevereiro;

Fonte: Central de Jornalismo da Difusora com informações do UGEIRM/Sindicato

 

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