Agentes da Delegacia do Meio Ambiente (DEMA), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), de Porto Alegre, realizaram nesta quinta-feira (8), mais uma etapa da “Operação Voo Livre”.
Com objetivo de coibir crimes contra aves silvestres, os policiais, coordenados pela delegada Marina Goltz, cumpriram, com total êxito nas ações, três Mandados de Busca e Apreensão (MBA) em residências localizadas nos municípios de Dois Lajeados e Guaporé. As atividades foram acompanhadas pela Associação Riograndense de Proteção ao Meio Ambiente e aos Animais (ARPA).
Em Dois Lajeados, os agentes da DEMA/DEIC cumpriram, após o recebimento de denúncias que apontavam cativeiros ilegais, duas ordens judiciais em imóveis na área central e apreenderam 24 aves silvestres. Os animais, que estavam presos em gaiolas, são das espécies pintassilgo, azulão, frade, cardeal, tangará serra, coleiro e pintagol e eram mantidos em cativeiro ilegal. Além das aves, foram localizados seis alçapões (armadilhas) para captura de animais.
No município de Guaporé, os policiais cumpriram um MBA em residência no bairro Planalto (Capela Bom Jesus). No local, um homem, com antecedentes por crimes ambientais, foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e posse ilegal de acessório de uso restrito, sendo encaminhado para o sistema prisional gaúcho. Uma espingarda cal. 36 (sem registro) e com silenciador acoplado foi apreendida, entre outros objetos como cartuchos deflagrados, petrechos de pescas e de recarga de munição. Além da arma, nove aves das espécies pintassilgo, azulão, frade, cardeal e coleiro foram resgatadas. Oito aves exóticas da espécie tarin, em condições de maus tratos, foram localizadas pela equipe comandada pela delegada Marina. Um alçapão também foi apreendido.
“É muito comum no Rio Grande do Sul a posse de aves silvestres em cativeiro seja para fins de comercialização ou para hobby. Nos casos da região (Guaporé e Dois Lajeados), provavelmente era para hobby dos autuados”, disse a delegada Marina que informa a apreensão da DEMA/DEIC, mesmo com a pandemia, de mais de 300 aves em 2020 e cerca de 120 neste ano.
Os proprietários das residências responderão pelo crime previsto no art. 29 da Lei de Crimes Ambientais, com pena de detenção de 6 meses a 1 ano. As aves apreendidas serão encaminhadas para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) onde passarão por avaliações com médico-veterinário. Posteriormente, serão, havendo condições, reinseridas na natureza ou para encaminhados para criadouros autorizados.
“Cabe salientar que na maior parte dos casos, após o correto tratamento veterinário e avaliação, as aves silvestres são inseridas na natureza”, afirmou a delegada Marina.
São informações do repórter Eduardo Cover Godinho da Rádio Aurora FM de Guaporé.
Fotos: Associação Riograndense de Proteção ao Meio Ambiente e aos Animais (ARPA).
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