A Polícia Penal realizou, na manhã desta segunda-feira (19), uma operação de revista no Presídio Regional de Caxias do Sul (PRCS). Cerca de 140 servidores penitenciários revistaram 400 apenados e 72 celas de duas galerias. A ação, motivada pelo aumento dos índices de crimes contra a vida na região, é resultado das análises dos indicadores criminais, por meio do programa RS Seguro, do governo do Estado.
Somente em 2024, foram realizadas 11 intervenções no PRCS e na Penitenciária Estadual de Caxias do Sul (PECS), os dois estabelecimentos de regime fechado do município. Foram nove revistas gerais e dois cumprimentos de mandados de busca e apreensão, de forma articulada com a Polícia Civil.
Na sexta-feira (16/2), após operação na PECS, foi realizada a transferência de seis apenados identificados como lideranças de organizações criminosas para o Complexo Prisional de Canoas, onde há bloqueadores de celulares.
O secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo em exercício, Cesar Kurtz, disse que as revistas servem como mais um elemento no enfrentamento da criminalidade na região. “As operações já são rotina nas casas prisionais do Estado e são intensificadas sempre que é apurada alguma denúncia de irregularidade ou ingresso de materiais. A Polícia Penal trabalha constantemente para impossibilitar e dificultar a entrada de substâncias ilícitas e de aparelhos celulares nos estabelecimentos prisionais”, ressaltou.
Outra medida para tornar o município mais seguro é a realização da fiscalização de presos em prisão domiciliar, em conjunto com a Polícia Civil e com a Brigada Militar. Foram 11 em 2023 e duas neste ano.
O superintendente dos Serviços Penitenciários, Mateus Schwartz, afirmou que a Polícia Penal vem realizando diversas ações visando à redução dos índices de criminalidade no Estado. “As intervenções nas unidades prisionais das dez regiões penitenciárias estão e continuarão sendo constantes, principalmente nos municípios apontados como mais violentos pelo RS Seguro. Nessas ações, contamos com a qualificação técnica dos nossos grupos táticos, o Grupo de Ações Especiais e os Grupos de Intervenção Rápida, e com o apoio de todos os servidores”, destacou.
Participaram da revista desta segunda integrantes do Grupo de Ações Especiais (Gaes), dos Grupos de Intervenção Rápida da 4ª e 7ª Regiões Penitenciárias, dos Canis das 7ª e 9ª Regiões, da própria casa prisional, da 7ª Delegacia Penitenciária Regional e da Inteligência Penitenciária. Foram apreendidos celulares, carregadores, chips de telefonia, armas artesanais e substâncias semelhantes à maconha e à cocaína.
Texto: Rodrigo Borba/Ascom Polícia Penal
Edição: Camila Cargnelutti/Secom
Foto: Rafa Marin/Ascom Polícia Penal
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