A paralisação dos caminhoneiros, no final do mês passado, provocou consequências negativas para a indústria gaúcha, com perdas na produção, no emprego e nos estoques, aponta a Sondagem Industrial do RS de maio, divulgada nesta terça-feira (26) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). Além disso, afetou também as expectativas dos empresários consultados, especialmente para o emprego e os investimentos.
Ao alcançar 37,7 pontos, o indicador de produção do mês atingiu o valor mais baixo já apurado para maio. Isso representa a maior queda em relação a abril (51,3 pontos) da série iniciada em 2010. Ao mesmo tempo, o indicador de número de empregados atingiu 48,7 pontos, mostrando a primeira redução mensal do emprego no ano (foi de 50,9 pontos em abril).
A Sondagem Industrial demonstra que a utilização da capacidade instalada (UCI) segue em declínio. Ela caiu seis pontos percentuais em maio e atingiu 63%, bem abaixo dos históricos 70% para o mês. Igualmente, o índice de UCI em relação ao usual desabou 9,9 pontos, para 35,7, o maior recuo da série que começou em 2010.
Bem abaixo de 50 pontos, revela UCI distante do normal no mês. Outro fator a mostrar os danos provocados para a indústria gaúcha pela paralisação dos caminhoneiros é em relação aos estoques. Os empresários gaúchos revelaram que o índice em relação ao planejado ficou em 54,2 pontos no mês, o maior patamar desde abril de 2015.
EXPECTATIVAS – Para os próximos seis meses, a expectativa dos empresários gaúchos ficou prejudicada. O indicador de demanda registrou o segundo recuo consecutivo e atingiu 56,4 pontos em junho, mesmo valor alcançado pelo índice de exportações, que chega, no caso das compras de matérias-primas, a 54,3.
Acima dos 50 pontos, porém, todos continuam projetando crescimento. Ao aumentar a incerteza, os maiores impactos da greve foram nas expectativas de emprego e na intenção de investir. O índice de número de empregados caiu de 49,1 para 48,1 pontos entre maio e junho, o que projeta queda mais intensa nos próximos seis meses. Já a intenção de investir passou de 53,1 para 49,6 pontos, o menor valor desde setembro do ano passado. A proporção de empresas que não pretende investir (52,2%) voltou a superar a parcela das que tem a intenção (47,8%).
O indicador da Sondagem Industrial varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam expectativas de aumento e valores abaixo de 50, expectativas de queda. Para a intenção de investimentos, quanto maior o índice, maior a propensão a investir. No levantamento de maio, foram ouvidas 237 empresas , 56 pequenas, 87 médias e 94 grandes, no período de 1º a 14 de junho. Mais informações em http://fiergs.org.br/pt-br/economia/indicador-economico/sondagem-industrial.
Também no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), divulgado na semana passada, a incerteza em relação ao futuro da economia brasileira e à situação das empresas aumentou após a crise provocada pela paralisação dos caminhoneiros. Houve uma queda de 6,2 pontos, a mais acentuada desde fevereiro de 2015, e atingiu 50,4, o menor nível em dois anos.
Fonte: Imprensa/FIERGS
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