Mandados de busca e apreensão relacionados a crimes ambientais contra a fauna foram cumpridos nesta quarta-feira, dia 22, em imóveis de Guaporé e Serafina Corrêa. Foram apreendidas 29 aves da fauna silvestre, três armas de fogo (duas calibre 36 e uma 40 com silenciador), redes e tarrafas de pesca e apetrechos para a caça e pesca.
A operação foi deflagrada depois de uma série de denúncias da comunidade sobre a manutenção em cativeiro de pássaros silvestres. Foram encontradas, em condições precárias, inúmeras aves das espécies trinca-ferro, cardeais, azulões, pintagol, checheu e sanhaço frade.
O trabalho foi realizado pela Delegacia de Polícia de Guaporé, com apoio de técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e de fiscais da Associação Riograndense de Proteção aos Animais e Meio Ambiente (Arpa).
De acordo com o delegado de Guaporé, Tiago Lopes de Albuquerque, foram apreendidos diversos pássaros sem licença e armas. Ainda conforme ele, muitos insistem em não cumprir a legislação.
“Tanto que havia animais com a anilha do órgão ambiental e outros sem a devida licença. Fica clara a intenção de burlar a fiscalização. Realmente me surpreendeu a quantidade de pássaros e muitos deles maltratados. As espingardas, uma delas com silenciador, estão sem registro”, disse o Delegado Tiago Lopes de Albuquerque, responsável pela DP Guaporé e coordenador da atividade policial.
Após a apreensão e o registro na DP Guaporé, as aves foram encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do IBAMA em Porto Alegre. Conforme determina a Lei 9.605/98 de Crimes Ambientais, combinado com o Decreto Nº 6524/2008, a multa para quem é flagrado com aves silvestres sem autorização dos órgãos competentes é de R$ 500 por indivíduo de espécie não constante listas oficiais de risco ou ameaças de extinção e R$ 5 mil por indivíduo de espécie constante de lista oficias de fauna brasileira ameaçada de extinção.
Com informações da Rádio Aurora
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