Durante audiência pública realizada na tarde desta quinta-feira (10) pela Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Guilherme Pasin (PP) expressou duras críticas ao modelo de concessão das rodovias estaduais, envolvendo os Blocos 2 e 3. Segundo o parlamentar, a proposta apresentada pelo governo é precipitada, carece de diálogo com a sociedade e impõe um modelo que ignora realidades regionais.
Pasin reforçou seu pedido para que o governo utilize diretamente os recursos disponíveis em obras prioritárias da infraestrutura viária, como duplicações, terceiras pistas e pavimentações. “Mais uma vez, faço um apelo: apliquem os R$ 1,5 bilhão com responsabilidade, com planejamento e ouvindo a comunidade. A vontade de conceder não pode ser maior do que a vontade de construir. Esse modelo precisa ser revisto com urgência”, afirmou. O parlamentar destacou que não é contrário ao pedagiamento, mas sim ao formato que está sendo imposto, sem diálogo e sem equilíbrio.
O deputado alertou ainda que o projeto pode gerar o isolamento de municípios e prejuízos econômicos, especialmente pela instalação de 24 pórticos de pedágio no Bloco 2. “Quem modelou esse projeto desconhece a realidade cultural do Vale do Taquari, da Serra e do Norte. Estamos diante de um possível isolamento dos municípios. Esses pórticos, posicionados entre uma cidade e outra, vão comprometer a circulação diária de quem mora, trabalha, estuda ou busca atendimento médico em diferentes localidades, além de prejudicar comércios locais e empobrecer as comunidades”, afirmou. Ele acrescentou ainda que “são regiões atingidas por desastres climáticos que precisam de investimento, não de mais custo”.
Ao encerrar sua manifestação, Pasin fez mais uma solicitação por mais diálogo e responsabilidade. “Eu não quero que o Bloco 2 se torne um problema por 30 anos. O governo precisa dar tempo ao tempo, executar as obras com os recursos que já tem e discutir melhor com a comunidade. As audiências públicas são feitas para escutar, compreender e construir soluções conjuntas”, concluiu.
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