Perante um auditório lotado, formado por empresários e lideranças, Eliane Zanluchi fez uma afirmação inquietante durante a palestra-almoço realizada no Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves na segunda feira (17): somente as empresas criativas vão sobreviver. Trazendo reflexões acerca do tema Inovação – A linha tênue entre a boa gestão e a gestão transformadora, a conferencista provocou o público a rever conceitos e quebrar paradigmas na forma de conduzir os negócios.
“Já não basta mais ser o melhor ou ser diferenciado perante os demais. Hoje, uma marca precisa fazer a diferença. O mundo precisa de mais empresas relevantes”, sentenciou. Isso porque a sociedade global passou – e continua passando – por transformações, relacionadas a dois pilares fundamentais, de acordo com ela.
O primeiro é a revolução digital – ainda incipiente, apenas no início de seu processo. O segundo, tão ou mais importante, é de caráter humano. “As pessoas mudaram, estão mais espirituais, criativas, caminhando para um futuro evolutivo que privilegia a empatia. Tecnicamente, os profissionais costumam ser muito mais qualificados do que as organizações precisam, mas perdem espaço ou são demitidos porque pecam no lado humano”, disse.
Percebe-se claramente no comportamento do mercado, segundo ela, uma busca por aqueles que tenham essas habilidades mais desenvolvidas – ou seja, a capacidade de lidar melhor com outras pessoas. Some-se a isso o desejo que as empresas têm de agregar às suas equipes talentos criativos, capazes de oferecer soluções realmente inovadoras. “Ao gestor, cabe o desafio de correr os riscos que esse novo momento implica. Isso não quer dizer que deve tomar decisões que coloquem seu negócio em situação de perigo. Mas é primordial que o gestor esteja aberto a inovar”, disse. Eliane é consultora e disseminadora da nova gestão, baseada na inovação como estratégia, e sua formação inclui escolas de economia internacionais, tendo atuado em empresas nacionais e multinacionais nos seus 20 anos de experiência.
Reconhecimento às parcerias
Além de palco para o debate sobre inovação, a palestra-almoço promovida pelo CIC-BG foi o momento escolhido pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves para oficializar o futuro sucesso de parcerias que estão sendo sedimentadas com a construção de sua nova sede. Um dos momentos de destaque na agenda de trabalho foi a assinatura do termo de aquisição das salas que serão as novas sedes da ASCON, SEGH, SIMPLAV e SINDIBENTO – localizadas no novo prédio do CIC-BG, projeto consolidado de forma colaborativa com MOVERGS e SINDMÓVEIS.
“Essas quatro importantes entidades compartilharão conosco um novo endereço ainda este ano, quando inauguraremos nossa tão aguardada sede. Estamos construindo, graças a uma série de alianças, um marco fundamental no fortalecimento associativo em Bento Gonçalves, iniciativa que certamente fomentará o desenvolvimento de toda a região”, disse o presidente do CIC-BG, Laudir Miguel Piccoli. A previsão de inauguração do prédio está agendada para o fim de novembro deste ano.
Boas-vindas aos associados
Ainda nesse dia, o CIC-BG recebeu os novos associados que passam a fazer parte do quadro da entidade. Foram apresentadas mais de dez empresas egressas ao grupo: Agire Metalúrgica e Usinagem Girelli; Anderson Pereto – Inteligência Em Vendas; Bex Intercacêbio Cultural; Coiris Transformação Humana que gera Resultados; Group Sistemas De Gestão; Instituto Mix Bento Gonçalves; Jornal Cidades da Serra; Labormed Clínica Médica Ltda.; Matrixx Multimídia; Milepor Indústria De Plásticos Ltda.; Móveis Delucci Ltda.; MR.Red. Bistro Pub, O Boticário e Zaccaron Indústria De Alimentos Ltda.
“Comunidade espera retorno da Fenavinho”
No ano em que se relembra o cinquentenário da realização da primeira Fenavinho, o CIC-BG abriu uma janela especial em sua pauta de trabalho para prestar merecida homenagem a um dos mais emblemáticos eventos na história do município. Na palestra-almoço de segunda-feira, o empresário Moysés Michelon, idealizador e presidente de sua edição inaugural, compartilhou um relatório completo da Festa Nacional do Vinho, resgatando memórias e, principalmente, sensibilizando a comunidade em busca da retomada de sua realização. “Em 1967, as dificuldades que enfrentamos eram maiores do que as de hoje, especialmente porque havia carência de tudo – estradas, estrutura, hotel, local para o evento. Mesmo assim, fizemos um evento que mudou a história social e econômica da cidade”, relembrou.
Integralmente realizada a partir da união entre empresários, entidades e comunidade, a Fenavinho é uma promoção que precisa voltar, na opinião dele, uma vez que simboliza a força de Bento Gonçalves. “Esse não deve ser apenas um ano de saudades e de reflexão, mas sim o momento que marcará o retorno da Fenavinho, algo que todos esperam que ocorra. Para isso, basta apenas que haja aquilo que indica a inscrição da bandeira de nossa cidade: paz e trabalho”, disse Michelon.
Fonte e fotos: Exata Comunicação
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