Operação da Polícia Federal e da Receita, reprime crimes contra empresa com filial em Garibaldi e Caxias

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, dia 7, a Operação Caementa, para reprimir crimes de lavagem de dinheiro, fraudes e corrupção, supostamente praticados por empresários que atuam no segmento de produção de concreto, extração e comércio de areia e pedra. A ação contou com o apoio da Receita Federal do Brasil.

Mais de 150 policiais federais e 16 auditores fiscais cumpriram 37 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão, nas cidades de Santa Maria, Porto Alegre, Bagé, Carazinho, Caxias do Sul, Frederico Westphalen, Garibaldi, Maquiné, Panambi, Passo Fundo, Rosário do Sul, São Sebastião do Caí e Três de Maio, e em Camboriú, no Estado de Santa Catarina.

Todos os oito presos foram detidos em Santa Maria, uma prisão preventiva e sete prisões temporárias. Foram apreendidos, na residência do sócio da empresa e de pessoas ligadas a ele R$ 365 mil em dinheiro e U$ 20 mil dólares (cerca de R$ 75 mil), além de caminhões, carros, celulares, HDs e computadores.

A empresa referida é a Supertex Soluções em concreto, que possui filiais na Serra Gaúcha em Garibaldi e Caxias do Sul. De acordo com o delegado da PF, Diogo Caneda, policiais rodoviários e funcionários da prefeitura de Garibaldi estão sendo investigados por participação do esquema criminoso por corrupção e fraude em licitações.

A Prefeitura divulgou uma nota oficial. Segue:

O Poder Executivo Municipal de Garibaldi, representado pelo Sr. Antônio Fachinelli, prefeito em exercício, reitera aos seus colaboradores e a comunidade Garibaldense, que a legalidade e o bom uso da máquina pública mantém-se de forma firme e sendo norte dessa Administração. Os fatos ocorridos na última quarta-feira, dia 7 de novembro, não se referem a qualquer procedimento ou ato produzido por esta Prefeitura. Aliás, todos os procedimentos seguem o que determina a lei, sem qualquer interferência de terceiros. Ademais, em momento algum a sede da Prefeitura Municipal sofreu ação da Polícia Federal, inclusive, caso for necessário, está à disposição para qualquer esclarecimento, ciente de que os atos praticados ocorrem dentro da legalidade. Colocamo-nos a disposição para imediata busca da verdade. 

O QUE DIZ O ADVOGADO DA EMPRESA

O advogado do grupo Supertex e dos oito envolvidos, Roger de Castro, disse vai pedir o habeas corpus de todos na quinta-feira. Ele e o colega Leonardo Santiago Sagrilo tiveram acesso ao inquérito na tarde de ontem. Elizandro Basso, um dos sócios da empresa, está preso preventivamente na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm).

INQUÉRITO POLICIAL

O inquérito policial indica que os investigados teriam sonegado tributos e contribuições sociais, desviado patrimônio das suas empresas endividadas que se encontram em recuperação judicial e ocultado o proveito dos crimes por meio da criação de empreendimentos de fachada. São objeto da investigação 14 empresas controladas por um único grupo estabelecido em Santa Maria.

Os crimes investigados na Operação Caementa são organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, apropriação indébita previdenciária, omissão de vigência de contrato de trabalho, crimes falimentares, fraude a licitações, extorsão e corrupção.

 

Fonte: Central de Jornalismo da Difusora com informações do Diário de Santa Maria

Fotos: Renan Mattos e Thays Ceretta (Diário)

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